Festa do Senhor das Chagas

Em Sesimbra celebrou-se no dia 4 de Maio o Senhor Jesus das Chagas. Muitas centenas de pessoas saíram à rua para acompanhar a tradicional procissão pelas ruas da vila. Antes celebrou-se a Missa na Igreja de Santiago, presidida pelo Padre Sílvio Couto, pároco de Santiago de Sesimbra, e com a presença de outros sacerdotes da Vigararia Palmela-Sesimbra.

Santiago de Sesimbra

Festa do Senhor da Chagas

 

O templo encheu com os muitos fiéis que quiseram estar junto da imagem do Senhor das Chagas, numa cerimónia com grande tradição e que marca a vida da terra.

Na Eucaristia, o Pe Sílvio Couto deixou algumas palavras para apelar ao fortalecimento de fé. «Esta celebração é única e irrepetível», realçou, explicando que não podemos viver a do ano transacto nem a do ano que vem: «Ou vivemos bem hoje ou já não a vivemos», enfatizou.

O sacerdote destacou ainda a preparação espiritual da festa, realçando a Novena realizada pela comunidade, pois «uma festa sem preparação é como um chapéu sem cabeça», referiu. O celebrante referiu-se ainda à importância da participação na festa como membros activos, e não apenas como meros «enfeites». «Não devia ter direito de festejar a festa quem não o faça com o festejado», disse. «Cada um é chamado a ser Rosto de Jesus», referiu o sacerdote, sublinhando que «sem sermos testemunhas do Senhor ressuscitado não se faz festa alguma».

Depois da Eucaristia o andor com a imagem do Senhor dos Passos saiu à rua. Muitas foram as pessoas que caminharam acompanhando-o, incluindo-se neste número as autoridades civis da localidade. Outros preferiram ver o cortejo passar, a partir das suas varandas e janelas, ao som da banda da Sociedade Musical Sesimbrense e da fanfarra dos Bombeiros Voluntários da Localidade.

 

Sermão junto ao mar

 

Ao chegar junto do mar, no Largo da Marinha, já aguardavam a procissão cerca de uma dezena de barcos de pesca, que começaram a apitar assim que a imagem do Redentor se começou a divisar por entre o casario da vila, depois de ter sulcado as ruas juncadas de alecrim e rosmaninho pelo chão.

O Pe. Luís Ferreira, Pároco de S. Lourenço e S. Simão de Azeitão, no tradicional sermão feito neste local, discorreu sobre os grandes momentos da vida de Jesus entre os homens do seu tempo, concluindo com um convite a responder-lhe hoje com a mesma fidelidade que os primeiros discípulos responderam nos primórdios da vida da Igreja.

Chegados à Igreja Paroquial, o Pároco, Pe. Sílvio Couto, partindo do tradicional cântico ao Padroeiro dos pescadores de Sesimbra, fez uma oração em nome de toda a comunidade, para que esta possa sempre permanecer fiel à Igreja e imagem fiel do rosto de Jesus Cristo.

 

Bruno Máximo Leite

Por: Diocese de Setúbal