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Misericórdia de Alcochete festeja 500 anos

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Em 2011 celebram-se os 500 anos da fundação da Santa Casa da Misericórdia de Alcochete. Para assinalar este acontecimento, D. Gilberto dos Reis, Bispo de Setúbal, visitou o local no passado Domingo, 4 de Dezembro, e celebrou Missa de acção de graças pela obra realizada ao longo dos anos.

Tirando a Paróquia, a Santa Casa da Misericórdia é a instituição mais antiga da vila de Alcochete. Uma obra que, considera D. Gilberto, nasceu do coração do Homem, marcado por Deus, na procura de fazer o bem.

«A celebração destes 500 anos fazem-nos rejubilar e, à luz da fé, dar graças porque acreditamos que Deus é a luz desta instituição. Mas as Misericórdias vão muito para além do bem-fazer e da obra social e de caridade porque nascem à luz de Jesus Cristo que derramou sobre os Homens o Espírito de Deus», disse na visita o Bispo de Setúbal.

Actualmente, a Misericórdia de Alcochete desenvolve a sua acção social através de um Lar de Idosos, de um Centro de Dia e do serviço de Apoio Domiciliário. No entanto, e de acordo com o Provedor, Joaquim Pereira, a unidade de cuidados continuados é desafio a concretizar. «Com tantos anos de história, esforçamo-nos, ainda hoje por continuar a cumprir as catorze obras de misericórdia.

Foi no lar, que D. Gilberto dos Reis cumprimentou e falou com alguns dos cerca de 80 idosos que ali residem e recebem assistência. Deixou-lhes uma mensagem de gratidão e lembrou-lhes que a sua missão ainda não terminou. «Não estais aqui como quem está numa estação à espera que venha o autocarro. Vós sois úteis para tornar este mundo um pouco melhor. Na palavra de esperança que dão aos vossos familiares, na paciência uns para com os outros e na oração pedindo, por exemplo, para que Deus dê mais sacerdotes ao mundo. A vossa missão continua e é importante», afirmou o Prelado.

A Eucaristia de acção de graças decorreu, após a visita ao Lar, na Igreja Matriz, na presença do Provedor da Santa da Casa da Misericórdia de Alcochete, Joaquim Pereira e dos restantes corpos sociais. Ali, D. Gilberto aproveitou a ocasião para recordar os fiéis do mandamento trazido por Jesus Cristo, ‘amai-vos uns aos outros como Eu vos amei’, convidando-os a preparar um mundo melhor, amando na medida de Deus.

«A Igreja descobre e percebe o amor gratuito, na medida de Jesus Cristo, amando cada pessoa e ajudando-a a levantar-se, olhando para a pessoa no seu todo, corpo e alma. É o que as Misericórdias fazem. As Misericórdias nascem da necessidade de reorganizar a acção social e caritativa, respondendo a este apelo de Jesus Cristo. É o amor que está no princípio de tudo. Sendo nós um coração justo, com o olhar de Deus, também temos que ser capazes do bem-comum e de ver no outro Jesus Cristo», concluiu D. Gilberto.

 

Anabela Sousa

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12 de Dezembro de 2011