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Recordar D. Manuel Martins: “A herança que nos deixou”

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No dia 24 de outubro completou-se um mês da partida para o Pai do primeiro Bispo da Diocese de Setúbal, D. Manuel da Silva Martins. A celebração da Eucaristia do 30.º dia, presidida por D. José Ornelas, teve lugar na Igreja de Nossa Senhora da Conceição, em Setúbal.

Realizou-se, ainda, na mesma paróquia, um colóquio que contou com a participação da antiga Presidente da Câmara Municipal de Almada, Maria Emília Neto de Sousa e António Soares, membro da Comissão Diocesana Justiça e Paz.

Na ocasião, D. José Ornelas destacou o desafio do anúncio da misericórdia que sempre foi assumido por D. Manuel Martins: “D. Manuel assumiu o desafio de anunciar a misericórdia a todos, de alma e coração. Ele queria que as pessoas experimentassem que Deus é bom. Por outro lado – disse ainda o Prelado – D. Manuel percebeu que este caminho não se faz sozinho. Esta nossa terra, esta nossa diocese, precisa de gente que se dê verdadeiramente como se deu o nosso primeiro bispo”.

O atual Bispo da diocese destacou, ainda, que uma outra herança que D. Manuel Martins deixa à diocese é de capacidade de diálogo com a sociedade e com o mundo. “Isto mudou o carácter da nossa Igreja. Que saibamos, nas nossas comunidades, continuar a herança que ele nos deixou”, referiu D. José.

“Um bálsamo permanente”

No colóquio que se seguiu à Eucaristia, Maria Emília Neto de Sousa, antiga presidente da autarquia de Almada, lembrou a obra e ação social de D. Manuel Martins, e destacou os laços de amizade que com ele criou.

“A sua partida deixou-me profundamente comovida. Sempre foi um exemplo a seguir. Foi um apóstolo exemplar, uma pedra viva da Igreja de Cristo, e para mim um bálsamo permanente que sempre me estimulou com a sua palavra (escrita ou de viva voz) e o seu exemplo”, afirmou a ex-autarca.

Para além de Maria Emília Sousa, também António Soares, membro da Comissão Diocesana Justiça e Paz, partilhou as suas memórias de D. Manuel Martins, sobretudo na criação deste organismo diocesano para a Justiça e para a Paz, que foi o primeiro do país. “O D. Manuel apoiava-nos, apoiava os mais fracos, os sem voz. Com ele, ninguém era esquecido”, disse.

Na mesa, a acompanhar os dois oradores convidados, estava o Padre Constantino Alves, prior da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, que foi o primeiro sacerdote ordenado por D. Manuel Martins.

Anabela Sousa

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25 de Outubro de 2017