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D. Louis Sako agradece generosidade dos portugueses para com o Iraque

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O Patriarca da Igreja Católica Caldeia, D. Louis Sako, agradece a generosidade dos benfeitores portugueses para com a igreja mártir do Iraque e incentiva-os a participarem na jornada de oração e de sensibilização para a questão da perseguição religiosa no mundo, que a Fundação AIS está a promover para o próximo sábado, dia 24 de Fevereiro, e que vai iluminar de vermelho diversos monumentos como o Santuário do Cristo-Rei, em Almada, o Coliseu, em Roma, assim como igrejas em Mossul, no Iraque, e em Alepo, na Síria.

Esta é uma iniciativa internacional da Ajuda à Igreja que Sofre que foi apresentada no passado dia 7, na capital italiana, numa conferência de imprensa em que participaram, entre outros, o Patriarca Louis Raphael I Sako, da Igreja Católica Caldeia, no Iraque, e o Padre Franciscano Firas Lutfi, da Custódia da Terra Santa, que é também pároco da igreja de São Francisco em Alepo, na Síria, além dos responsáveis máximos pelo secretariado italiano da Fundação AIS.

Foi na sequência dessa apresentação que D. Louis Sako se cruzou em Roma com o Padre Marco Luís, Pároco de Almada e grande amigo da Fundação AIS, a quem agradeceu toda a generosidade dos benfeitores portugueses para com a Igreja mártir do Iraque.

“Quero reafirmar o meu agradecimento especial a todos os benfeitores da Fundação AIS em Portugal e a todas as pessoas de boa vontade que nos têm permitido reconstruir as casas de milhares de Cristãos”, afirmou D. Sako ao padre Marco Luís.

O patriarca da Igreja Católica Caldeia fez questão de manifestar a sua alegria pelo facto de “também o Santuário do Cristo Rei” participar na jornada de oração e de sensibilização internacional marcada para o próximo Sábado.

“Peço que todos os portugueses se mobilizem para esta iniciativa e que rezem com e pelos Cristãos no Iraque. Por favor, continuem a ajudar-nos porque é preciso continuar a reconstrução do Iraque”, disse ainda o Patriarca Sako, garantindo que os cristãos iraquianos “rezam por vós, rezam pelos portugueses”.

“Combater a indiferença” é um dos principais objectivos desta jornada de oração e de sensibilização, agendada para este sábado, dia 24 de Fevereiro, e que vai unir, iluminando de vermelho, a cor do sangue, a cor dos mártires, o Santuário do Cristo Rei, em Almada, o Coliseu de Roma – um dos primeiros símbolos da perseguição aos Cristãos –, assim como a catedral maronita de Santo Elias, em Alepo, na Síria, e a igreja de São Paulo, em Mossul, no Iraque, dois dos países em que, nos tempos actuais, a violência religiosa mais se tem acentuado.

Em Portugal, além do Santuário do Cristo-Rei e de inúmeras paróquias e movimentos que vão igualmente estar unidos em oração, também os Cavaleiros de Nossa Senhora – a Militia Sanctae Mariae – do Círculo Internacional Shahbaz Bhatti, em Braga, irão participar nesta iniciativa da Fundação AIS em favor dos cristãos perseguidos no mundo.

O epicentro desta jornada vai ser em Roma onde, no final da tarde de 24 de Fevereiro, num palco a erguer frente ao Coliseu, no Largo Gaetana Agnesi, diversas personalidades relevantes não só da Igreja católica mas também da sociedade europeia deverão marcar presença.

É o caso do cardeal Mauro Piacenza, presidente internacional da AIS, do secretário-geral da conferência episcopal italiana, D. Nunzio Galantino, ou do presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani.

Mas por que se trata de um evento excepcional, a Fundação AIS convidou ainda para estarem presentes na capital italiana e darem o seu testemunho do que significa a perseguição religiosa nos seus países, Ashiq Masih e Eisham Ashiq, respectivamente, marido e uma das filhas de Ásia Bibi, a cristã paquistanesa que foi condenada à morte em 2009 por ter bebido um copo de água de um poço.

Acusada falsamente de blasfémia, Asia Bibi ainda hoje está na prisão e só um último recurso pendente na Justiça a poderá livrar da forca. Não menos dramática é a história de Rebecca Bitrus, a mulher nigeriana que foi capturada e mantida refém durante dois anos pelo grupo terrorista islâmico Boko Haram.

Durante esse período, Rebecca foi escravizada e violentada, tendo inclusivamente engravidado de um dos seus captores. O seu testemunho será seguramente também um dos momentos mais significativos desta jornada de oração.

Da mesma forma, também em Mossul – que foi considerada como “a capital” do auto-proclamado “Estado Islâmico” no Iraque; e em Alepo, classificada como a cidade mártir na guerra civil da Síria – guerra que, infelizmente, ainda não terminou –, haverá lugar para testemunhos, momentos de oração e comunhão espiritual.

Tal como em Roma, Alepo ou Mossul, em Almada haverá um momento de oração do Terço pelos Cristãos Perseguidos, que deverá ter início pelas 16 horas.

Paulo Aido, Departamento de Informação da Fundação AIS

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23 de Fevereiro de 2018