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Adiada construção da Terceira Travessia do Tejo

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A decisão de adiar a construção da Terceira Travessia do Tejo e do novo Aeroporto de Lisboa anunciada pelo Governo da República, a 7 de Maio, apanhou de surpresa o Presidente do Município do Barreiro. O Autarca reagiu ontem, dia 10, em declarações à imprensa onde manifestou o seu descontentamento pelo atraso na construção de dois projectos que considera importantes e estruturantes para o Pais.

 

 

«Este recuo é mau para as populações da Área Metropolitana de Lisboa e é mau para o Pais» afirmou Carlos Humberto de Carvalho, Presidente da CMB

Ao contrário de outros, disse Carlos Humberto de Carvalho, “pensamos que o investimento público potencia o desenvolvimento económico, cria emprego e cria riqueza e é por isso necessário nesta fase de crise nacional e internacional, até para contrapor ao desemprego, o emprego e às dificuldades da população, melhores condições de vida”.

Defendendo que as duas infraestruturas, agora adiadas, se integram num projecto de desenvolvimento sustentado e global do Pais e da Área Metropolitana de Lisboa (AML),o Autarca considera que as mesmas além de muito importantes ao nível da mobilidade e dos transportes, são “indispensáveis e insubstituíveis para o ordenamento do território, para as valências económicas, culturais e sociais da AML e para uma visão polinucleada da região/cidade de Lisboa que o Pais necessita que seja reforçada, que seja diversificada nas suas valências e que tenha condições para se internacionalizar ainda mais”.

 

«Não há meios investimentos»

 

De acordo com Carlos Humberto de Carvalho este seria o momento em que o Estado devia dar um passo em frente e continuar com os seus investimentos. Desta forma, reiterou “quero afirmar que não me parece aceitável, nem possível esta decisão de construir a Alta Velocidade até ao Poceirão e abandonar, adiar, reponderar a possibilidade de construir a Terceira Travessia do Tejo. Não há meios investimentos, nem os meios investimentos atingem os objectivos que estão previstos relativamente ao desenvolvimento do Pais e da região. É possível imaginarmos que a Alta Velocidade fica no Poceirão? É possível imaginarmos que a Alta Velocidade não chega a Lisboa, à capital do Pais e sucessivamente às outras capitais da Europa? Isto não me parece possível nem aceitável. Parece-me, sim, um erro estratégico que se pagará caro do ponto de vista social, económico e do desenvolvimento que pretendemos para o Pais e para a região”.

 

«Acho que o Governo cedeu a pressões»

 

Quase a terminar, Carlos Humberto de Carvalho disse nunca ter dado a vitória como adquirida, assim como nunca dá como adquiridos os insucessos. “Acho que o Governo cedeu às pressões da Direita. Este recuo é mau para o Pais, é mau para o desenvolvimento de cada um dos concelhos da Área Metropolitana e, por consequência, é mau para as suas populações”. Assim, e porque continua a assumir-se porta-voz do Concelho do Barreiro e da sua população “Vamos solicitar ao Presidente da República, ao Primeiro-Ministro e ao Ministro das Obras Públicas Transportes e Comunicações uma reunião. Vamos desenvolver ao nível local e regional um conjunto de reuniões e contactos com vista à reflexão e tomada de posição conjunta sobre esta meteria e vamos manter e intensificar os contactos com os agentes económicos que se têm vindo a mostrar interessados em investir no Concelho do Barreiro”, revelou, acrescentando que outras medidas serão anunciadas a curto prazo.

 

 

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11 de Maio de 2010