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Bilhete Postal

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Caro Alfredo,

Já vão aparecendo por aí edições de vário sentido e tamanho com as intervenções do Santo Padre em Portugal. Penso que seria de lamentar o contrário. Será preciso agora divulgá-las, lê-las e assimilá-las. Fazem-se por aí tantas reuniões, tantas vezes para (quase) nada. Por que não promovê-las para se poder mergulhar no melhor das mensagens que Bento XI nos deixou?

 

Caro Alfredo,

 

Já vão aparecendo por aí edições de vário sentido e tamanho com as intervenções do Santo Padre em Portugal. Penso que seria de lamentar o contrário. Será preciso agora divulgá-las, lê-las e assimilá-las. Fazem-se por aí tantas reuniões, tantas vezes para (quase) nada. Por que não promovê-las para se poder mergulhar no melhor das mensagens que Bento XI nos deixou? Acrescento um desejo que venho repetindo: o de “apanhar” os pensamentos-setas mais desafiadores que melhor nos ajudem na nossa reflexão e na nossa acção. Já se vem fazendo isso, por exemplo, com pensamentos marianos e eucarísticos.

Tudo isto como que para dizer: sim, senhor, a visita do Papa foi um sucesso. É verdade no que diz respeito à organização (obrigado a quem tão denodada e eficazmente nela trabalhou) e à reacção do povo (onde é que se viu ou verá coisa assim?) mas o sucesso tem que ir muito mais longe, atingindo a alma de todos nós e a alma de Portugal.

Portugal está a falecer (que exagero!). Os sinais de modernidade, que lhe quiseram impingir, quase que cheiram a últimos sacramentos. E os médicos de urgência temos que ser nós, os cristãos, e todos os homens de são juízo e de boa vontade.

Quanto a nós, cristãos, são legítimos alguns medos. Quanto aos que estão a mais (?) certo. E quanto aos que estão a menos?

A natureza anda muito zangada connosco. Não andará ALGUÉM triste com a apatia de tantos de nós? Tanta força real no tesouro da Igreja que é preciso pôr mesmo em acção. Falta só a coragem de nos abrirmos por inteiro ao Espírito Santo…que anseia connosco renovar a face da terra.

 

Do teu Amigo

+ Manuel

 

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31 de Maio de 2010