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Pe. Joaquim Silvestre Serrão

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O Pe. Joaquim Serrão nasceu em Setúbal, em 1801. Cedo manifestou predisposição para o sacerdócio e ao mesmo tempo para a sua outra paixão, a música.

 

 

O Pe. Joaquim Serrão nasceu em Setúbal, em 1801. Cedo manifestou predisposição para o sacerdócio e ao mesmo tempo para a sua outra paixão, a música. É justamente pela música que se vai notabilizar, sobretudo na música sacra, sendo aluno dos melhores professores da época, já em Lisboa, para onde tinha ido para desenvolver este seu talento. Ao completar 18 anos, é contratado para organista no Convento de Palmela de Ordem de Santiago da Espada; aqui retoma a sua vocação, concluindo os estudos eclesiásticos em 1824, e sendo ordenado em 1826, como freire da Ordem Espatária.

Com a extinção das ordens religiosas operada com o triunfo da causa liberal em 1834, o já padre Serrão viu-se na situação de egresso, o que o levou a aceitar o convide de D. Frei Estêvão de Jesus Maria, bispo de Angra, para se instalar em Ponta Delgada, onde então o bispo residia, já que a tomada de posição daquele prelado a favor dos miguelistas durante a Guerra Civil o fizera persona non grata na sua cidade episcopal de Angra. Ali chegou em 1841, e ali ficando até ao fim dos seus dias nesta terra, servindo como pároco da Matriz de Ponta Delgada, e ali continuando a obra de música sacra que tanto o notabilizou, e onde se incluem Matinas e Ofícios, entre os quais os da Semana Santa, que chegaram a ser interpretados em Roma.

O Pe. Serrão foi igualmente um notável organeiro. Em colaboração com João Nicolau Ferreira reparou e construiu sete órgãos, nas ilhas de Santa Maria, São Miguel e Terceira

As cidades de Ponta Delgada e de Setúbal lembram-no na sua toponímia, tendo inclusivamente estátua levantada na capital micaelense.

 

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04 de Junho de 2010