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Pilares

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Recentemente numas promessas escutistas, um extraordinário dirigente desta Região apresentou-me uma venerável senhora como sendo um pilar daquela comunidade cristã, tendo sido imediatamente secundado na opinião pelo pároco ali presente.

 

 

Recentemente numas promessas escutistas, um extraordinário dirigente desta Região apresentou-me uma venerável senhora como sendo um pilar daquela comunidade cristã, tendo sido imediatamente secundado na opinião pelo pároco ali presente.

Perante tal apresentação respondi que estava então perante dois dos pilares daquela comunidade pois que o dirigente em questão é, indubitavelmente, um pilar não só da paróquia como da Região e da Diocese atento o tanto que já deu na sua vida como cristão e como dirigente do CNE mas, principalmente, pelo seu extraordinário exemplo.

E como fazem falta os nossos pilares comunitários.

Devemos falar deles sem pejo, sem preconceitos pois que nenhum de nós se esquece que nas construções das comunidades só há uma Pedra Angular que não é confundível mas é a própria Pedra que os construtores rejeitaram que carece de pilares para que a sua Igreja se mantenha forte e estável.

É evidente que nas construções todas as peças são importantes: sem as telhas sofremos com a chuva, sem as paredes sofremos com o vento e sem as janelas ficamos sem luz, mas todos, todos reconhecemos a importância dos pilares.

As comunidades precisam de pilares e os membros das comunidades, por um lado, não se devem inibir de se assumirem como tal e, por outro, não devem deixar de reconhecer e auxiliar aqueles que já o são de forma evidente.

Reconhecer estes membros das comunidades, seguir o seu exemplo, perceber que a comunidade tem neles estruturas importantíssimas só ajuda a reforçar a própria comunidade e prosseguir no caminho da obra de Cristo.

Note-se que não se trata de uma questão de importância ou hierarquia – até porque os verdadeiros pilares, em regra, têm o dom da humildade e o vigor do serviço puro sem procurar descanso ou outra recompensa senão saber que fazem a Sua vontade Santa – trata-se sim de usar estes pilares para ajudar a balizar a nossa acção, permitir conhecer a própria estrutura da comunidade e, assim, encontrarmos também o nosso papel na paróquia e mesmo na diocese.

Ser pilar, telha, janela, viga ou soalho é ser comunidade, é perceber que, como São Paulo nos ensinou, somos um só corpo e não há níveis de importância, apenas dependência global. Contudo, só uma comunidade sem identidade não identifica os seus pilares e deve fazê-lo com orgulho, como caminho a seguir, como exemplo a indicar e não com inveja ou mesquinhez.

Sejamos ou reconheçamos os pilares nas nossas comunidades, é Cristo que o exige.

 

Rui Pinto Gonçalves

Chefe Regional

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12 de Julho de 2010