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Novo Prior na paróquia mais antiga

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O dia 5 de Setembro, na Igreja do Castelo de Sesimbra, foi carregado de emoções, com a tomada de posse do Pe David Caldas e a despedida do Pe. Francisco Mendes, antigo prior, numa cerimónia celebrada pelo Bispo de Setúbal, D. Gilberto dos Reis. Depois de oito anos a servir a Paróquia do Castelo de Sesimbra, o Pe. Francisco Mendes vai prosseguir a sua missão noutra comunidade. Fica o outro membro da equipa sacerdotal, agora confirmado como Prior daquela que é a paróquia mais antiga do espaço da Diocese de Setúbal, e ainda hoje a maior em território.

 

 

 

Era já de si um dia especial para a paróquia, uma vez que se celebrava a Festa de Nossa Senhora da Consolação, a Padroeira, a que se juntou uma outra alegria: a da confirmação como Prior do Pe. David Caldas, depois de um ano a pastorear em conjunto com o Pe. Francisco Mendes, agora destinado ao Feijó, aquele conjunto de comunidades. O prelado, na sua homilia, partiu desse dia para anunciar que «Jesus é a Consolação das nossas vidas, e só com Ele podemos alcançar a vida eterna». «Não há quem resista sem Amor – disse – e é através de Jesus que encontramos esse amor, essa alegria, essa Consolação». «A Consolação é Cristo, e esta passa sempre por Maria, Mãe da Consolação».

O prelado sublinhou que enviou o Pe Francisco Mendes daquele lugar porque precisava dele para outras necessidades da Igreja Diocesana, mas reafirmou que «o Pe David está aqui para comunicar com todos, principalmente os que não estão próximos», disse, pedindo a todos que o deixem trabalhar com afinco, ajudando-o também com afinco». «O padre está em comunhão com o bispo e todo o clero, fazendo um serviço pelo seu povo, por Jesus e em nome de Jesus», realçou o prelado, que confiou ainda o novo pároco à Senhora da Consolação.

Nesta celebração não houve o momento de juramento de fidelidade, uma vez, que há cerca de um ano aquando da tomada de posse como pároco in Solidum o sacerdote o tinha já feito perante toda a comunidade.

 

Obra feita

 

No final, com emoção visível, a comunidade manifestou a sua gratidão pelo trabalho realizado pelo Pe. Francisco Mendes, e enumerou boa parte das obras por ele dinamizadas nestes oito anos, e de que destacaram as novas comunidades de Lagoa, Pedreiras e Aldeia do Meco, a dinamização do Santuário do Cabo Espichel, as várias obras executadas, como o Centro Bento XVI e a Casa Paroquial, e os vários grupos paroquiais. Ao Pe David Caldas, a comunidade, que já o conhece há um ano, pediu para que se tornasse presente, reconhecendo que não é fácil para um sacerdote ser pároco do Castelo de Sesimbra devido à sua grandeza geográfica.

O pároco cessante, que durante oito anos trabalhou naquela comunidade, não escondeu ele próprio a emoção, ele que está prestes a começar a paroquiar no Laranjeiro/Feijó, e relembrou todos os nomes dos seus antecessores conhecidos desde 1344: «Estes são os nomes dos pastores do vosso passado, e hoje junta-se-lhes mais um, o meu». «Levo-vos a todos no coração e na oração», referiu, pedindo perdão por tudo aquilo que correu mal. O sacerdote pediu ainda ajuda à comunidade para o trabalho pastoral do seu sucessor, uma vez que ele vai estar sozinho numa paróquia com uma área enorme, que necessita há muito tempo ser dividida, com muitas comunidades e muitos problemas que ficam por resolver, nomeadamente o problema de algumas dívidas que ficam por saldar, já que, como referiu, «nenhuma instituição, dentro e fora da Igreja, ajudou a que elas fossem menores».

Por seu turno, o Pe. David Caldas agradeceu a confiança do prelado para trabalhar numa área que corresponde a doze por cento da diocese com cerca de 15 mil pessoas, mas cuja população triplica ao fim de semana e nas férias: «Se fôssemos apenas aos números, teríamos território para dez padres, e em população temo-la suficiente para dois». «É um grande desafio», considerou, prometendo que vai «tentar manter o nível de atendimento». «A preocupação do pároco é dos paroquianos e a minha obrigação é em primeiro lugar para convosco, mesmo que isso signifique não aceitar a celebração dos sacramentos de gente que venha de outras paróquias», referiu, sublinhando, contudo, que há muita gente por evangelizar e que a paróquia não é uma ilha.

No fim, D. Gilberto agradeceu ao anterior e ao actual pároco o trabalho efectuado, e lamentou não poder ter mais padres para ali colocar, reconhecendo contudo a necessidade de dividir o território da Paróquia, pelo que incentivou a que todos continuassem a pedir ao Senhor que enviasse mais sacerdotes.

No fim da Eucaristia, o novo Prior recebeu os cumprimentos dos presentes, seguindo-se um convívio do Centro Paroquial.

 

Bruno Máximo Leite     

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07 de Setembro de 2010