Caro Alfredo,
No Domingo passado, 12 de Setembro, ouvimos este pregão do Profeta Amós: “Escutai bem, vós que espezinhais o pobre e quereis eliminar os humildes da terra… Vós dizeis: … Compramos o pobre por dinheiro e o indigente por um par de sandálias…”
BILHETE – POSTAL
Caro Alfredo,
No Domingo passado, 12 de Setembro, ouvimos este pregão do Profeta Amós: “Escutai bem, vós que espezinhais o pobre e quereis eliminar os humildes da terra… Vós dizeis: … Compramos o pobre por dinheiro e o indigente por um par de sandálias…” E disse muito mais o corajoso profeta, por ordem do Senhor Deus. São muitos os avisos que nos faz a propósito das riquezas adquiridas com o sangue dos indefesos. E recomendou à Igreja que fizesse o mesmo, que não se calasse perante tantas e tantas injustiças que se cometem no mundo, mas que Ela, Igreja, fosse a primeira a dar o exemplo, o que nem sempre tem acontecido, o que nem sempre acontece com grave prejuízo dos fiéis e com comprometimento da sua actividade evangelizadora.
Dizem os entendidos – e aqui os entendidos até podemos ser muitos de nós – que à Igreja de hoje tem faltado profetas – a Igreja não tem profetas. Se assim for, e infelizmente assim é, deixa de fora uma dimensão essencial da evangelização. Foi João Paulo II que disse que à Igreja compete como missão medular denunciar com coragem e sem medo as agressões cometidas contra a dignidade e direitos do Homem. E então, não estaremos em ocasião de saltar para o terreno? Bem avisado foi D. Carlos Azevedo quando, por ocasião da Semana Pastoral, disse que tudo isto – filosofia e comportamentos socioeconómicos – tinha que mudar e sem perda de tempo. É que tudo o que é humano, tudo o que diz respeito ao Homem diz respeito à Igreja.
Muito Amigo,
+ Manuel