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O que é peregrinar

CAMINO~1

Peregrinar não é simplesmente visitar um lugar qualquer para admirar os seus tesouros da natureza, arte e história. Peregrinar significa, aliás, sair de nós próprios para ir ao encontro de Deus lá onde Ele se manifestou, onde a graça divina se mostrou com particular esplendor e produziu abundantes frutos de conversão e de santidade entre os crentes. Os cristãos peregrinam, antes de tudo, aos lugares ligados à paixão, morte e ressurreição do Senhor, a Terra Santa. Depois a Roma, cidade do martírio de Pedro e Paulo, e também a Compostela que, ligada à memória de Santiago, recebe peregrinos de todo o mundo, desejosos de fortalecer o seu espírito com o testemunho de fé e de amor do Apóstolo.

 

 

Peregrinar não é simplesmente visitar um lugar qualquer para admirar os seus tesouros da natureza, arte e história. Peregrinar significa, aliás, sair de nós próprios para ir ao encontro de Deus lá onde Ele se manifestou, onde a graça divina se mostrou com particular esplendor e produziu abundantes frutos de conversão e de santidade entre os crentes. Os cristãos peregrinam, antes de tudo, aos lugares ligados à paixão, morte e ressurreição do Senhor, a Terra Santa. Depois a Roma, cidade do martírio de Pedro e Paulo, e também a Compostela que, ligada à memória de Santiago, recebe peregrinos de todo o mundo, desejosos de fortalecer o seu espírito com o testemunho de fé e de amor do Apóstolo.

Neste Ano Santo Compostelano, como Sucessor de Pedro, também eu quis peregrinar à Casa do Senhor São Tiago, que se prepara para celebrar o oitavo centenário da sua consagração, para confirmar a vossa fé e avivar a vossa esperança, e para confiar à intercessão do Apóstolo os vossos anseios, fadigas e trabalhos pelo Evangelho. Ao abraçar a sua venerada imagem, pedi também por todos os filhos da Igreja, que tem a sua origem no mistério de comunhão que é Deus. Mediante a fé, somos introduzidos no mistério de amor que é a Santíssima Trindade. Somos, de certa forma, abraçados por Deus, transformados pelo seu amor. A Igreja é esse abraço de Deus no qual os homens aprendem também a abraçar os seus irmãos, descobrindo neles a imagem e semelhança divina, que constitui a verdade mais profunda do seu ser, e que é a origem da liberdade genuína.

Há uma relação estreita e necessária entre verdade e liberdade. A busca honesta da verdade, a aspiração por ela, é a condição para uma autêntica liberdade. Uma sem a outra não pode viver. A Igreja, que deseja servir com todas as suas forças a pessoa humana e a sua dignidade, está ao serviço de ambas, da verdade e da liberdade. Não pode renunciar a elas, porque está em questão o ser humano, porque as move o amor ao homem, «que é a única criatura na terra querida por Deus por si mesma», e porque sem essa aspiração pela verdade, justiça e liberdade, o homem perder-se-ia.

Que a alegria de vos sentirdes filhos queridos de Deus vos leve também a um amor cada vez mais profundo à Igreja, cooperando com ela no seu trabalho de levar Cristo a todos os homens. Pedi ao Dono da messe, que muitos jovens se consagrem a esta missão no ministério sacerdotal e na vida consagrada: hoje, como sempre, vale a pena dedicar a vida a propor a novidade do Evangelho.

Com estes sentimentos, peço ao Altíssimo que conceda a todos a coragem que teve São Tiago para ser testemunha de Cristo Ressuscitado, e assim permaneçais fiéis aos caminhos da santidade e vos empenheis pela glória de Deus e pelo bem dos irmãos mais desamparados.

 

Bento XVI

 

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25 de Novembro de 2010