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De vizinhos a irmãos

DGilberto

Bento XVI, que este ano nos visitou, escreveu na carta “A Caridade na Verdade” (nº 19): “ A sociedade cada vez mais globalizada torna-nos vizinhos, mas não nos faz irmãos”.
E nós, para além de vizinhos, temos necessidade de ser irmãos.

 

 

Bento XVI, que este ano nos visitou, escreveu na carta “A Caridade na Verdade” (nº 19): “ A sociedade cada vez mais globalizada torna-nos vizinhos, mas não nos faz irmãos”.

E nós, para além de vizinhos, temos necessidade de ser irmãos. E “ser irmãos” implica abertura aos outros, sensibilidade aos problemas dos vizinhos estejam eles na África ou na rua ao nosso lado, gestos de partilha fraterna como este, por exemplo, que alguém me sugeriu:

«Organizar o orçamento do próximo ano, de modo que dê para a família e para partilhar uma refeição diária ou semanal com alguém necessitado (sinal do Menino do Presépio) e entregar a quantia equivalente numa instituição da paróquia, da Diocese ou noutra capaz de a administrar».

A ocasião mais propícia para aceitar o desafio de passar de vizinho a irmão é o Natal. Na verdade, o Natal é acima de tudo Jesus Cristo que vem como Salvador ao encontro do homem incapaz de, só por si, se libertar da ilusão mortal do materialismo e do individualismo a que cedeu.

Feliz o homem que abrir o coração a Jesus, pois que, n’Ele – e só com Ele – será capaz de vencer a crise mais temível: a crise de ser vizinho contra os outros ou indiferente aos outros.

Vamos contemplar o Deus-Menino e abrir mesmo o nosso coração ao dom do Seu Amor, rico de verdade e de justiça, para passarmos, um pouco mais, de simples vizinhos a verdadeiros irmãos?

Um Santo e feliz Natal para todos os diocesanos, com a certeza da minha oração. 

 

+Gilberto, Bispo de Setúbal

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24 de Dezembro de 2010