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D. Carlos Azevedo na Conferência Quaresmal em Almada

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A Vigararia de Almada realizou, no passado dia 7 de Abril, a sua segunda conferência quaresmal. No auditório do Externato Frei Luís de Sousa, o orador da noite foi D. Carlos Azevedo, Bispo auxiliar de Lisboa e Presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social, que falou aos presentes sobre «Horizontes de esperança em tempos de crise».

 

Em tempo de Quaresma, D. Carlos Azevedo esteve em Almada para ajudar os cristãos daquela vigararia a prepararem-se para a Páscoa. Tendo em conta os momentos difíceis que Portugal atravessa, o Bispo auxiliar de Lisboa falou sobre a esperança que é necessária nos dias que correm. Uma esperança que, de acordo com o Prelado, é caminho para um futuro novo e que se quer criativa, alicerçada em Jesus Cristo.

O actual momento de crise tem sido apresentado por muitos como uma ocasião para ir ao fundo dos problemas. De acordo com D. Carlos Azevedo, este é o momento certo para repensar o modelo de desenvolvimento da sociedade.

Considera o Bispo auxiliar de Lisboa que a actual situação do país clama por uma transformação cultural profunda onde se torna urgente uma responsabilidade social ética: «É imperativo ser solidário para um futuro novo. As empresas e a economia não são o centro da vida humana. É preciso quebrar a lógica mercantil do fatalismo em que estamos envolvidos. É preciso um grito de liberdade dado pelas comunidades cristãs», disse.

 

Para transformar o mundo

 

Afirmando que é indispensável apresentar à sociedade um Deus de esperança, D. Carlos, referiu que só Jesus Cristo, o Ressuscitado, é sinal de esperança absoluta e que só em Cristo a Igreja encontra a capacidade geradora de esperança.

Só desta forma, considera o Bispo, será possível não capitular perante as dificuldades: «Nós, cristãos, temos fundamento para esperar tudo. Temos que apressar o passo e sermos firmes nas situações difíceis. Temos que orar, vigiar, ser pacientes, curiosos, inquietos. Não podemos ceder e baixar os braços. É pela força da esperança que não nos resignamos com a injustiça do mundo. A humanidade aguarda um Cristianismo que vença a maldade do mundo».

«É urgente transformar a utopia em projecto para anunciar a esperança de um mundo novo. É esse o desafio dos santos. É esse o meu, o vosso, o nosso desafio. Sejamos servos da esperança cristã e o mundo será transformado de acordo com o sonho de Deus», disse ainda D. Carlos Azevedo.

O Prelado pediu também aos presentes que aquela noite não ficasse por ali porque era urgente levá-la aos outros: «Precisamos de reflectir e rezar estes temas – disse o Bispo – e depois cada um terá que os levar para os seus grupos. Que esta noite seja uma noite de mobilização para esta virtude da esperança que os tempos de crise provocam».


Anabela Sousa

 

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18 de Abril de 2011