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Igreja apela à coesão social

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O porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) apelou na passada Segunda-feira, em Fátima, à “coesão social” para enfrentar o actual momento de crise no país. Apesar da “fase delicada” que Portugal atravessa, “todas as forças da sociedade” devem unir esforços para que a situação “seja ultrapassada”, disse aos jornalistas o padre Manuel Morujão, no final de uma reunião do Conselho Permanente da CEP.

 

 

 

Os bispos reconheceram que a situação é “delicada”, mas “não é trágica nem catastrófica”, com o padre Manuel Morujão a sublinhar que “dificuldade é diferente de impossibilidade”. A superação deste momento “exige sacrifícios”, mas uma crise “não é um parque de estacionamento”, ela deve ser “convertida numa etapa de crescimento”, acrescentou o secretário da CEP.

A “coesão social” em vez da “divisão” é algo prioritário porque é na perspetiva do “bem comum que todas as forças têm que trabalhar”, referiu ainda.

Questionado se a Igreja não teme tensões sociais como aconteceram nalguns países europeus, o padre Manuel Morujão foi peremptório a considerar que o povo português – “por bom senso, educação e temperamento” sabe manifestar-se “com ordem e não entrar pelo caminho da violência”.

Actualmente, a “crise dói e ainda irá doer mais”, visto que ainda “faltam implementar” algumas medidas para combater este flagelo. Nenhum grupo social pode ser “parte do problema”, mas “parte da solução” e este caminho exige “muita concertação e muito diálogo”, avançou. No entanto, o porta-voz da CEP confidenciou que “quem tem mais deve contribuir com mais para que a crise seja ultrapassada”.

Como a conflitualidade “não resolve nada”, o padre Manuel Morujão sublinha que a greve “é um direito legítimo dos trabalhadores, mas só pode ser usada como último recurso” e acrescenta: “Não se deve ir para as últimas soluções sem passar pelas antepenúltimas e penúltimas”.

A fase mais crítica “ainda não chegou” e como a Igreja tem a experiência de proximidade, o porta-voz da CEP afirma que “todas as ajudas – tanto do governo como de particulares – são bem-vindas porque são para ajudar os mais necessitados”.

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20 de Setembro de 2011