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Respeito ao ser humano e à natureza são a mesma coisa

Papa

O Papa afirmou na passada Terça-feira, perante sete mil estudantes reunidos no Vaticano, que o “respeito pelo ser humano e o respeito pela natureza são a mesma coisa”. “Hoje, mais do que nunca, parece claro que o respeito pelo ambiente não pode esquecer o reconhecimento do valor da pessoa humana e da sua inviolabilidade em todas as fases da vida e em qualquer condição”, salientou Bento XVI.

 

Na audiência o Papa realçou que a Igreja “aprecia as descobertas e as investigações científicas mais importantes” mas “nunca deixa de recordar” que se compreende melhor a “verdadeira e profunda identidade humana” se houver respeito pelo rastro de Deus na sua criação.

“Se o homem se esquece de ser colaborador de Deus no seu trabalho, pode causar violência às coisas criadas e provocar estragos que têm sempre consequências negativas, inclusive sobre o homem”, acrescentou Bento XVI no encontro realizado no âmbito de uma iniciativa da fundação italiana ‘Irmã Natureza’.

Depois de manifestar o seu “apoio” aos jovens enquanto protectores da natureza, o Papa dirigiu-se aos professores e autoridades políticas para “sublinhar a grande importância da educação no campo da ecologia”. “É já evidente que não existe um bom futuro para a humanidade sobre a terra se não nos educamos todos num estilo de vida mais responsável ante a Criação”, que se “aprende antes de tudo na família e na escola”, referiu o Papa, acrescentando que esta tarefa deve ser sustentada pelas instituições competentes.

O encontro ocorreu na véspera do aniversário da declaração de São Francisco de Assis como patrono da natureza, proclamada pelo Papa João Paulo II a 29 de novembro de 1979. “Francisco, fiel à Sagrada Escritura, convida-nos a reconhecer na natureza um livro estupendo que nos fala de Deus, da sua beleza e bondade”, apontou Bento XVI.

Bento XVI referiu-se este domingo, no Vaticano, aos trabalhos da convenção da ONU sobre as alterações climáticas e o protocolo de Quioto, que arrancaram já na cidade sul-africana de Durban.

Na oração do Angelus o Papa fez votos para que os participantes “concordem com uma resposta responsável, credível e solidária” quanto ao “preocupante e complexo fenómeno” das mudanças climáticas.

 

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04 de Dezembro de 2011