Bento XVI alertou para as “derivas violentas de uma religiosidade que se opõe à razão” e de uma “razão que se opõe à religião”.
O Papa falava, no Vaticano, aos participantes na assembleia plenária da Comissão Teológica Internacional, que abordou o tema da “compreensão do monoteísmo” e a “questão metodológica” na Teologia moderna.
Bento XVI afirmou ainda que os conflitos étnicos e religiosos no mundo tornam mais difícil acolher a “singularidade” do pensamento cristão de Deus, convidando a um diálogo entre Teologia e Filosofia para testemunharem que “o monoteísmo trinitário é a verdadeira fonte da paz pessoal e universal”. “Sem uma sã e vigorosa reflexão teológica, a Igreja arriscar-se-ia a não exprimir plenamente a harmonia entre fé e razão”, disse.
Aludindo à proximidade do Natal, Bento XVI pediu que os teólogos sejam “homens do Advento”, como testemunhas da “vigilante espera que ilumina as vias da inteligência da Palavra que se fez carne”.
O Papa falou da Teologia como uma “sinfonia das ciências” e agradeceu o “precioso trabalho” que os teólogos desempenham para a Igreja e em nome da Igreja.