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BILHETE-POSTAL

dom manuel

Caro Alfredo,
Ando pelo mundo. Olho o mundo. E sinto pena:

Caro Alfredo,
Ando pelo mundo. Olho o mundo. E sinto pena:
    • Dos homens que não acreditam em Deus e O arrumam das suas vidas. Movem-se no escuro, sem uma luz que os oriente.
    • Dos homens que, dizendo-se religiosos, não acreditam num Deus pessoal. Ficam sem um esteio a que se agarrem.
    • Dos homens que participam nas celebrações litúrgicas, sem se encontrarem com Jesus Cristo. Sentem que andam a perder o tempo e enchem-se de nada.
    • Dos homens que dispensam a dimensão da solidariedade. Ficam mais vazios, menos humanos.
    • Dos homens que endeusam a riqueza, o lucro, o sucesso. Acabam por não viverem neste mundo.
    • Dos homens que são explorados, instrumentalizados, manipulados. Viverão revoltados de não os deixarem ser gente.
    • Dos homens que não se sentem família, que brincam à família, que recusam e atacam a família. Matam a sua própria humanidade.
    • Dos homens sem trabalho, sem pão, sem sonho, sem paz. Vivem uma experiência permanente de derrota.
    • Dos homens que fogem de si com o recurso a toda a espécie de drogas. Nunca se encontrarão.
    • Dos homens que nos governam que serão competentes em muitas áreas, mas que faltam estrondosamente às suas promessas e programas. Semeiam o desânimo no povo.
    • Dos homens que, a pretexto de nos governarem, se governam a si ou aos seus amigos. Descobrirão que fizeram mau negócio.
    • Dos homens que desde a cadeira do poder só pensam em empobrecer mais os pobres, de enfraquecer os débeis, de retirar às pessoas capacidade de defesa.
    • Dos homens dos ditos sindicatos que promovem greves e mais greves que na maior parte dos casos podem ser legais mas não legítimas. Contribuem para maior desgraça dos já desgraçados.
    • Tenho pena dos que assaltam, dos que matam, dos que semeiam o medo. Perderam a consciência de que são homens e portam-se como aves de rapina.
    • Tenho pena de tantos homens como eu que devíamos ensinar, ajudar, chamar a atenção e, ou nos calamos ou condenamos sem coração.
E aqui queria chegar: todos somos precisos numa ação de transformação, de novidade, de humanidade. Só com lamentos não nos salvamos.
                           
Mt.º Ded.º
+ Manuel

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28 de Janeiro de 2012