Caro Alfredo,
É verdade que tenho muita pena de tanta gente que sofre e de tanta gente que faz sofrer (Ai, se os homens se dessem bem e a ninguém faltasse nada, que bom seria!). Mas também me alegro, e de que maneira:
Caro Alfredo,
É verdade que tenho muita pena de tanta gente que sofre e de tanta gente que faz sofrer (Ai, se os homens se dessem bem e a ninguém faltasse nada, que bom seria!). Mas também me alegro, e de que maneira,
• Com tantos que vivem na retidão, na concórdia e na paz.
• Com tantos que se lançam no caminho para congraçarem pessoas, famílias, grupos, autênticas pontes a unir margens.
• Com tantos que pagam o que devem, que ajudam quem precisa, que nunca prejudiquem ninguém.
• Com tantos que partilham o seu pouco ou o seu muito, associando-se a empreendimentos ou eles mesmos a promovê-los, convencidos de que sem investimentos não há produção e logo distribuição.
• Com tantos governantes sérios, e sacrificados e se preocupam com o mais eficaz exercício da sua missão.
• Com tantos membros de associações laborais que são capazes de renunciar a reivindicações compreensíveis, só para não afundarem mais a vida dos pobres.
• Com tantas dessas mesmas associações que se recusam a formar novos grupos piores que a malfadada PIDE que, nas greves impedem de trabalhar quem quer.
• Com tantas famílias que são verdadeiros oásis de paz, onde as pessoas crescem, gostam de estar, se sentem felizes e sonham futuro.
• Com tantos trabalhadores honestos, competentes, incapazes de prejudicar seja quem for.
• Com tantos e tantos jovens, que vão renunciando aos atrevimentos da novidade, se respeitam e respeitam os outros, assumindo generosamente os encargos de construírem um mundo melhor
• Com tantos professores que tomam consciência da sua missão e se comportam com os seus alunos com consciência de humanidade, serviço, ajuda, de tal forma que a escola é mesmo espaço de interesse, de cumplicidade, de disciplina. (Numa escola em condições, com uma família antes e durante, teríamos um autêntico paiol que “revolucionaria” a sociedade!).
• Com tantas Comunidades cristãs que firmes na fé e alicerçadas na caridade, dão testemunho visível de Jesus Cristo.
• Com tantos e tantos movimentos e ações que o Espírito provoca por todo o lado e me despertam esperança de uma Igreja que cada vez mais e melhor testemunha Jesus.
Não continuo, para não transformar o Postal numa longa Carta. Quero e peço-te só que, apesar de tudo, cantes comigo a esperança.
Mt.º Ded.º
+ Manuel