Paulo Macedo, Ministro da Saúde, presidiu no passado sábado, 25 de fevereiro, no Barreiro, à inauguração da USF – Unidade de Saúde Familiar Ribeirinha, na Freguesia da Verderena. A funcionar num espaço com 900 m2, cedido por um grupo retalhista, esta USF promete vir a responder a um universo de mais de 30 mil utentes, e colmatar a atual falta de médicos de família junto daquela população. As portas abriram oficialmente, ao público, na segunda-feira, dia 27.
Depois de breves palavras de saudação para os profissionais que sonharam o projeto e o foram construindo ao longo dos meses, a diretora executiva Maria Manuela Marques, responsável pela gestão do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Arco Ribeirinho, afirmou que prestar cuidados de saúde de qualidade aos seus utentes é a missão deste Agrupamento. Em seguida manifestou publicamente a sua gratidão para com o Presidente da Câmara Municipal do Barreiro (CMB) Carlos Humberto de Carvalho, pela forma como desempenhou o papel de ‘mediador’ e foi ‘padrinho’ desta aproximação.
Os centros de saúde na região são uma prioridade
Paulo Macedo, o Ministro da Saúde, encerrou a sessão. Contextualizando que é conhecida a carência de médicos de família e de outros profissionais de saúde nesta região, disse ser com gosto que participava no início de atividade de mais uma USF no ACES Arco Ribeirinho da Península de Setúbal. Paulo Macedo enquadrou que esta USF é parte integrante do ACES que abrange os concelhos do Barreiro, Moita, Montijo e Alcochete. Esta Unidade cobre, assim, uma área geográfica de 559 km2 e dá resposta a uma população inscrita de mais de 243 mil utentes. Para o efeito, este Agrupamento dispõe de 21 unidades funcionais.
“Com a entrada em funcionamento desta USF, 83 por cento dos mais de 92 mil utentes inscritos ficam cobertos por médicos de família”, disse o Ministro, explicitando que aqui vai trabalhar uma equipa constituída por sete médicos, sete enfermeiros e cinco administrativos, com possibilidade de expansão até aos 10 médicos. “A USF vai abranger cerca de 12.250 utentes até ao final deste ano, permitindo a atribuição de médico de família a cerca de sete mil pessoas. Não ficando inteiramente resolvido o problema, esta Unidade contribui decisivamente para o atacar, e aponta o caminho que iremos prosseguir. Acreditamos que, se conseguirmos implementar bons cuidados de saúde primários, será bom para as pessoas e para o País”.
Afirmando que vivemos num mundo em constante transformação e que novos problemas de saúde e novos riscos emergem constantemente, Paulo Macedo enumerou os quatro problemas comuns às sociedades mais desenvolvidas – “custos, ineficiências, queixas de falta de acesso e qualidade”. Ainda assim, afirmou, “o potencial de transformação e de inovação dos nossos serviços de saúde é ainda muito grande e um bom exemplo é a reforma dos cuidados de saúde primários. Em relação às Unidades de Saúde Familiares, o Ministro classificou-as como serviços de saúde de proximidade, de pequena dimensão, inseridas na comunidade e de contacto fácil e afável na relação que estabelecem com os utilizadores mas que, contudo, é sempre possível melhorar.
Deixando uma palavra de apreço “sempre devida aos profissionais do Serviço Nacional de Saúde, de quem nos orgulhamos”, Paulo Macedo enalteceu, a finalizar, o papel ‘exemplar’ de muitas autarquias e da sociedade civil na construção e implementação das USF um pouco por todo o País. E disse ainda que, mesmo neste contexto difícil, continuará a promover-se a proximidade de cuidados aos cidadãos e são prova disso as outras iniciativas que temos para a região do Barreiro, “designadamente a USF de Santo António da Charneca em relação à qual estamos à espera do visto do Tribunal de Contas e iniciaremos as obras assim que o mesmo for obtido, bem como em relação a outros centro de saúde na região que, como foi referido, são uma prioridade”.