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Sesimbra aprova por unanimidade

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A Candidatura da Arrábida a Património Mundial da UNESCO foi o tema de uma sessão descentralizada da Assembleia Municipal de Sesimbra, que decorreu no dia 25 de fevereiro, acolhida pela Paróquia do Castelo de Sesimbra na Igreja do Cabo Espichel, e na qual foi aprovada, por unanimidade, uma moção de apoio a esta ação da Associação de Municípios da Região de Setúbal e das Câmaras Municipais de Setúbal, Palmela e Sesimbra, que destaca a grandiosidade e excelência dos valores associados à iniciativa, reforçada pelo apoio de personalidades e instituições locais, regionais e nacionais.

«Optámos por escolher este local pela sua singularidade e por ser um marco importante da nossa história, que está bem vincada nesta candidatura», sublinhou Odete Graça, presidente da Assembleia Municipal. «Estamos perante uma causa que extravasa largamente esta região e cujos valores ilustram a relação intemporal do homem com a natureza, que importa salvaguardar e legar às gerações vindouras», sublinhou o presidente da Câmara Municipal, Augusto Pólvora. O autarca saudou ainda a Assembleia Municipal pelas ações dinamizadas no apoio a esta candidatura, e lembrou que a Arrábida «é um elemento fundamental de promoção turística de Sesimbra, como, de resto, está evidenciado no Plano Estratégico do Turismo de Sesimbra».
Na moção aprovada, destaca-se o próprio Santuário do Cabo Espichel, pela importância histórica e religiosa, bem como pela sua monumentalidade, como uma mais-valia para a candidatura.
A sessão contou com as intervenções de Cristina Coelho e de Heitor Pato, da Associação de Municípios.
Cristina Coelho abordou as motivações, conteúdo e situação atual da candidatura, «que tem em conta toda a história da nossa região» e informou que, antes da entrega do dossier à UNESCO, será aberto um período de Discussão Pública, para promover a participação das populações e instituições.
Já Heitor Pato, coordenador do processo, elencou um conjunto de razões que distinguem esta candidatura, como por exemplo, cultura, atividade humana, património, tradições ou gastronomia.
Para o Pe. David Caldas, pároco do Castelo de Sesimbra e responsável pelo santuário do Cabo Espichel, a ocasião também se reveste de um significado particular: «tudo o que seja para o bem comum é importante, e foi um sinal magnífico o facto de que todas as forças políticas se tenham juntado e aos seus esforços para esta causa, acima de todas as diferenças habituais», considerou. O reconhecimento da Arrábida como Património Mundial «poderá ser muito importante porque essa distinção pode trazer para a região um reconhecimento internacional que é obviamente benéfico, e até contribuir para valorizar em termos religiosos, por exemplo, as peregrinações ao Cabo Espichel, que são muito antigas e merecem ser acarinhadas e revitalizadas».

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06 de Março de 2012