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Bilhete Postal

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Caro Alfredo,
Andam por aí, pelas nossas ruas, as Procissões de Passos que, no geral, tocam as gentes das comunidades que as organizam e as das terras vizinhas.

Mergulham todas elas em velhas e piedosas tradições. Fico-me muitas vezes a pensar: e se nos preocupássemos a sério por evangelizar estas manifestações de religiosidade popular? Andamos aflitos em encontrar meios de nova evangelização, quando os temos mesmo à mão. O que penso dos Passos penso igualmente das festas religiosas que acontecem e se multiplicam por todo o lado. Conseguimos Comissões, organizamos programas (às vezes, nada condizentes) vamos à rua pelas somas necessárias, batemos à porta das Bandas, dos Ranchos e do Pregador e no fim… (quase) nada).
De todo o lado nos batem com a necessidade de acordar, de abrir novos caminhos neste mundo carregado de novidades nem sempre do melhor quilate, e deixamo-nos ficar nos costumes velhos que herdámos do passado.
Vem a Páscoa. Vem a novidade. Mergulhamos nas fontes frescas que nos dão a água que lava, que refresca, que renova, que dá novas forças.
Percorro contigo os domingos da Quaresma e descubro neles mensagens bem claras e bem desafiadoras: retirarmo-nos para o deserto, porque precisamos de nos encontrarmos connosco para reflectir e orar; para escutarmos o Deus que nos fala em Jesus Cristo; para nos transfigurarmos (conversão); para respeitarmos o templo de Deus que somos; para confiarmos no Deus que nos ama e que sempre nos ajuda a vencer eventuais fracassos (nunca ter medo de Deus); para nos apaixonarmos pela Cruz (pelas cruzes) que nos leva à salvação (“toda a nossa glória está na Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo”).
Como é precioso este tempo da Quaresma!

Mt.º Ded.º
+ Manuel

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03 de Abril de 2012