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Papa enviou ajuda para refugiados

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Um representante do Vaticano entregou no passado sábado um donativo de 100 mil dólares (cerca de 75 mil euros) enviado por Bento XVI para ajudar a Igreja Católica na Síria na sua “ação caritativa em favor da população”. O montante foi canalizado através do Conselho Pontifício ‘Cor Unum’ (um só coração, em latim) anunciou este organismo da Santa Sé, em comunicado.

A nota oficial recorda os “repetidos apelos” do Papa pelo fim da violência na Síria e para que se encontre uma via de diálogo e reconciliação entre as partes em conflito”.
O secretário do ‘Cor Unum’, D. Giampietro Dal Toso, manteve encontros com responsáveis católicos para acompanhar a atividade dos “organismos de caridade” e dos “projetos de assistência” à população, em particular nas áreas de Homs e Aleppo.
A Santa Sé adiantou, na última semana, que o montante recolhido no ofertório da missa da Quinta-feira Santa, na basílica de São João de Latrão, em Roma, foi destinado por Bento XVI à “assistência humanitária aos refugiados sírios”.

Milhares de cristãos perseguidos por militantes

Entretanto, dezenas de milhares de cristãos estão a ser forçados a abandonar as suas casas, na Síria, devido à ação de “militantes islâmicos com ligações à Al-Qaeda”, adiantou a AIS – Fundação Ajuda a Igreja que Sofre.
Em comunicado, fala-se numa “campanha de limpeza étnica” praticada contra comunidades espalhadas pela cidade de Homs e em outras localidades do país.
A pressão contra a minoria cristã, “que se tem vindo a acentuar principalmente nas últimas seis semanas”, poderá ter precipitado a fuga de mais de 50 mil pessoas.
Em declarações reproduzidas pelo site da Fundação, o bispo caldeu (rito oriental da Igreja) de Aleppo dá conta do clima de medo e intimidação que tomou conta dos cristãos.
Segundo D. Antoine Audo, “as pessoas não sabem qual vai ser o seu futuro” e “são muitos os que temem ter perdido todos os seus haveres, especialmente as suas casas”, às mãos dos grupos extremistas. No meio de um clima de violência gratuita, aquele responsável “teme acima de tudo que se venha a repetir na Síria o que ocorreu no vizinho Iraque, em que a população cristã diminuiu drasticamente de mais de 1,4 milhões nos anos 80 para apenas cerca de 300 mil nos dias de hoje”, salientou.
Mais de nove mil pessoas foram mortas na Síria desde o início do levantamento contra o regime de Bashar al-Assad, em março de 2011, de acordo com dados da ONU.

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03 de Abril de 2012