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BILHETE-POSTAL

dom manuel

Caro Alfredo,
Houve um senhor que proclamou que certas dívidas não são para pagar. Logo outro veio fazer coro. E o coro aumenta e aumenta.

Eu sempre aprendi que devemos pagar o que devemos o mais depressa possível. Isto está escrito na natureza e os Livros Santos não se fartam de o lembrar.
Esta obrigação atinge pessoas e instituições. Esta obrigação atinge-me a mim, a ti, a todos. Esta obrigação atinge o Estado. Ouviste bem? Esta obrigação atinge o Estado e Instituições públicas. Fixo-me agora só naquele e nestas. Pelo que nos diz a Comunicação Social, o Estado é o maior e o maior indecente devedor. E com ele, Câmaras Municipais. Devem a instituições em serviço permanente, necessário e até urgente. Lembro por agora só Hospitais e Corporações de Bombeiros. Exige que lhe paguem um cêntimo e não paga ou pagará nas calendas a quem deve.
Nunca compreendi este comportamento que não é de agora. E depois, vem a ilação: se o Estado não paga, por que hei-de pagar eu? E depois, vêm as consequências: empresas e empresas que encerram, com os despedimentos que são causa de tanta desgraça.
Não sei o que se passa por outros lados. O que se passa em Portugal, com tantas e tantas áreas negras é de causar espanto e desânimo.
Acabaram agora as Festas das Bênçãos das Pastas. É uma geração nova e inquieta que está a brotar. Foi pedido aos nossos “doutores” que ajudassem na criação de uma sociedade nova – justa e solidária. Contamos com eles para esta tarefa. Se tal não acontecer, fico a perguntar-me: para que serve a Bênção das Pastas, com Eucaristias lindas, com sermões fantásticos, com compromissos comovidos?
“Senhor, vinde em nossa auxilio e socorrei-nos sem demora”.

Mt.º Ded.º
+ Manuel

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18 de Junho de 2012