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Festejar um Santo dos tempos modernos

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No passado dia 26 de Junho comemorou-se a festa litúrgica de São Josemaría Escrivá, fundador do Opus Dei. Na diocese de Setúbal, pela primeira vez, também teve lugar esta celebração, antecipada para dia 23 de Junho, e que contou com a Eucaristia celebrada pelo vigário regional do Opus Dei em Portugal, Monsenhor José Rafael Espírito Santo. A Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Anunciada esteve repleta de devotos a São Josemaría Escrivá, no passado Sábado, dia 23 de Junho, para a comemoração festiva deste santo da Igreja. O dia de festa começou com a Eucaristia celebrada pelo vigário regional do Opus Dei em Portugal e prosseguiu depois com um almoço-convívio entre os participantes. Ao Notícias de Setúbal, já depois da missa, Monsenhor José Rafael Santo explicou a importância desta celebração.

«Há já alguns anos que algumas pessoas aqui da diocese participam nos meios de formação e têm devoção a São Josemaría e isso deu origem, depois, à constituição do grupo de Amigos de São Josemaría, que procuram promover a devoção a este santo. É muito importante esta celebração porque no fundo é a materialização do agradecimento que têm a São Josemaría, pela sua vida e pelos seus ensinamentos e também pela veneração que têm a este santo da Igreja que é um dos grandes santos dos tempos contemporâneos», disse.
De acordo com o vigário do Opus Dei em Portugal, São Josemaría tem uma mensagem que ajuda muito a viver a fé nas circunstâncias correntes da vida e a enfrentar os desafios do mundo de hoje. «A santificação do trabalho, procurar santificara vida familiar, procurar também levar para Deus todo o mundo em que vivemos, com todos os seus anseios, a vida moderna com os seus desafios e também com assuas dificuldades. Tudo isso tem que ser ocasião de encontro com Deus. Esta é a mensagem de São Josemaría», referiu aquele responsável.
Já na homília da Eucaristia, Monsenhor José Rafael tinha referido que a crise profunda que atravessa a sociedade é, não só económica, mas sobretudo frutode uma perda de transcendência. Como resposta à crise, está, diz o vigário regional do Opus Dei, o encontro com Deus e a santidade pessoal: «O encontro com Deus é sempre uma resposta para qualquer crise. Como a crise que nós vivemos é uma crise que tem muito a ver com a vida do trabalho, com o modo como se vive a economia, de certa maneira esta mensagem de Josemaría é uma resposta para encontrar Deus aí, e portanto para encontrar caminhos para evitar e resolver a crise que atravessamos», explicou-nos.

Conhecer a realidade do Opus Dei

O dia de festa prolongou-se durante a tarde, com uma conferência subordinada ao tema ‘A saída da crise está em estar em família’, cujo orador foi o Professor Aquilino Polaino, doutorado em Medicina. Sobre este tema, Monsenhor José Rafael disse-nos que considera o papel da família fundamental porque é o ‘berço da humanidade’: «Todos nós nascemos numa família e portanto a defesa da família, de acordo com um projeto que Deus tem para a família, é a garantia deque as novas gerações crescem com aquela orientação, com aquela bagagem para poder evitar os erros do passado e corrigi-los e poder então criar uma sociedade que seja mais de acordo com a dignidade da pessoa humana. A família, a defesa da vida, a defesa da dignidade do trabalho, a honestidade, a solidariedade, são todos valores que se transmitem na família. É fundamental defender a família do ponto de vida legal, do ponto de vista institucional, e depois vivenciar. Cada família tem que procurar viver esta vocação que tem para então corresponder ao projeto que Deus tem».
O Opus Dei é uma instituição incontornável da Igreja Católica dos nossos dias, mas muitas vezes alvo de vozes controversas. Face a isto, e para que os cristãos possam defender esta ‘Obra de Deus’, o Vigário regional considera que devem procurar «conhecer a realidade da vida de São Josemaria, dos seus ensinamentos, conhecer a realidade que é a formação que o Opus Dei dá». «No contato direto com pessoas do Opus Dei – diz ainda o vigário regional – vê-se que são pessoas normais, com defeitos, com virtudes, como qualquer pessoa, e que apenas procuram viver a sua fé com toda a naturalidade nas circunstâncias da vida».

Anabela Sousa

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03 de Julho de 2012