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Azeitão: lançado livro póstumo do Pe Manuel Frango

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No passado dia 8 de Novembro, na Sociedade Filarmónica Perpétua Azeitonense, decorreu o lançamento oficial do livro «Azeitão a Nossa Terra», que reúne parte importante do trabalho historiográfico do Padre Manuel Frango de Sousa, antigo pároco de Azeitão. No evento estiveram muitos azeitonenses e em representação da diocese o vigário-geral, Pe José Lobato.

O Pe. Manuel Frango foi pároco das duas paróquias de Azeitão, S. Lourenço e de S. Simão, entre 1963 e 2000, ano da sua morte. Foi um sacerdote muito ligado à pastoral da cultura, e «Azeitão a nossa Terra» era o nome do boletim paroquial que o sacerdote compilava sozinho e que deu agora origem ao livro. Síntese de levantamentos e análises feitos pelo padre historiador que congregavam o religioso, o social, o político, as pessoas da terra, a quem serviam para evangelizar.

Na cerimónia de apresentação do livro, o Pe José Lobato referiu que «estas folhas surgiram pela necessidade que o padre tinha em comunicar». «Nesse tempo comunicava-se mais do que hoje com melhores meios de comunicação», referiu, acrescentando que «comunicava-se a verdade, a história e não banalidades como vimos em tantos lados». Adiantou ainda que, «nós cristãos somos homens e mulheres da memória, a Bíblia esta cheia de frases que se iniciam com um: lembra-te». «A fé cristã é a memória de uma história que Deus faz connosco, e continua a fazer», disse.

O representante da diocese lembrou ainda que o Pe Manuel Frango «não se limitou a estes boletins, pois muitos foram os textos que deixou, onde se destacam as suas catequeses». Agradecendo a iniciativa em nome de toda a diocese de Setúbal o sacerdote salientou que «este é um bom momento de refletir como é a nossa comunicação e como é a nossa avaliação do passado e do presente». «O que dirão de nós daqui a 50 anos?», interrogou, sublinhando que haja quem goste de história e quem faça história e ajude a aprender o valor da vida e da esperança. «Obrigado Pe Frango por aquilo que deixaste», concluiu.  

Na apresentação do livro estiveram presentes os dinamizadores da ideia de recolher os boletins do Pe Frango destacando a vasta obra histórica que o autor deixou sobre Azeitão, além da forma de como trabalhava. Não havendo os meios que existem hoje o sacerdote passava uma grande parte do tempo na Torre do Tombo, em bibliotecas e a escrever à máquina. O livro é então uma cópia fiel às folhas que entregava aos paroquianos, muitas delas em estado de conservação péssimo, mas que a equipa de trabalho conseguiu editar na íntegra.

Bruno Máximo Leite

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19 de Novembro de 2013