comprehensive-camels

O anúncio de Jesus pelas ruas de Almada

ano da fe encerramento

O Ano da Fé, decretado pelo Papa Emérito Bento XVI, terminou no passado Domingo, solenidade de Cristo Rei, já no pontificado do Papa Francisco. Um ano marcante em toda a Igreja que teve também o seu culminar na diocese de Setúbal. Partindo do largo da Igreja de Almada, onde foi celebrada a Eucaristia presidida pelo bispo diocesano, D. Gilberto dos Reis, os milhares de pessoas ali reunidas seguiram depois em procissão eucarística até ao Santuário Nacional de Cristo Rei para rezar a oração de Vésperas.

Vieram de todos os pontos da diocese para se encontrarem em Almada, em dia de Cristo Rei, e subirem, a pé, em direção ao santuário a Ele dedicado num testemunho e anúncio público de fé pelas ruas da cidade. Consigo, para o encerramento do Ano da Fé, o clero e fiéis leigos traziam compromissos de oração previamente entregues e géneros alimentares que foram encaminhados para a Casa do Gaiato de Setúbal e para a Associação Vale de Acór/Projeto Homem.

Sobre estes gestos, o Bispo de Setúbal, na homilia da Eucaristia de encerramento, disse esperar que fossem uma força para tornar as comunidades mais capazes de atrair outros à fé: «Espero que esta reunião diocesana, a oração de uns pelos outros e a partilha dos bens trazidos de nossas casas, nos fortaleçam no desejo de tornar as nossas paróquias e famílias, comunidades de fé e de amor, capazes de atrair à fé».

Enquanto no largo da Igreja era celebrada a Eucaristia animada pelo Coro Diocesano, diversos sacerdotes estavam disponíveis, à porta da Igreja de Almada, para aqueles que se quisessem abeirar do sacramento da reconciliação. O Prelado, na homilia, deu também graças por todas as iniciativas realizadas desde Outubro do ano passado e afirmou que o Ano da Fé capacitou todos para cuidar melhor da educação e do anúncio da fé.

 

Defender os pobres e despertar a fé naqueles que não a têm

 

Acrescentando que a fé é um «tesouro sem preço» e «a chave de entrada no Reino de Deus», o pastor da diocese disse que para que o Reino cresça é essencial que cada um abra o coração a Cristo. «Abramos-Lhe o coração dia-a-dia, deixando-nos conduzir sempre pela Sua palavra e pelo Seu Espírito, vivendo no amor de Deus e do próximo a começar pelos pobres, e aprendendo a ver, a julgar, a ouvir, a amar e a agir ao jeito de Jesus», disse.

Para além disso, o Bispo de Setúbal lembrou que também é necessário ajudar os irmãos sem fé a abrir o coração a Jesus, apelando à sabedoria e sobriedade desta ação: «Fá-lo-emos com palavras oportunas e sábias e com um estilo de vida sóbria, para ser solidária, alegre na esperança, nas dificuldades, coerente na fé, mas compreendendo as razões dos outros, empenhada num mundo melhor mas com o desejo do Céu. Fá-lo-emos, ajudando a criar comunidades cristãs que sejam escola e experiência de fé e amor, de oração e acolhimento dos pobres e de perdão».

D. Gilberto dos Reis disse ainda que cada cristão, iluminado pelo Evangelho, e estando presente no meio do mundo, deve contribuir para «dotar a sociedade de leis que fomentem o bem comum, defendam a dignidade de cada pessoa e deem aos pobres acesso aos bens que Deus criou para todos».

 

Procissão Eucarística

 

Depois da Eucaristia, os milhares de fiéis mais ou menos ordeiramente marcaram passo na procissão. O Santíssimo Sacramento, colocado pelo prelado na nova custódia processional diocesana, estreada na ocasião, marcou o início da peregrinação a pé.

E foi uma multidão a que tomou passo e percorreu as ruas da cidade de Almada até ao Santuário do Cristo Rei, juntando ao povo os acólitos, o clero e o bispo para testemunhar a Fé.

Ao longo do caminho (embora com alguma descoordenação entre as viaturas) os peregrinos podiam ouvir músicas litúrgicas, entrecortadas por reflexões sobre a Fé e sobre a Eucaristia, meditando e rezando e «aquecendo» o seu interior, num dia de sol mas de muito frio.

 

 

 

Chegados aos pés do Cristo Rei o Coro diocesano já entoava o hino do Ano da Fé. Até ali, um local geralmente desagradável pelo muito vento, se encontrava uma relativa calmaria, dando-se início à oração das vésperas.

Nessa ocasião, aconteceu outro momento significativo, quando alguns sacerdotes da diocese pegaram no andor do Santíssimo Sacramento, trocando com os elementos do Corpo Nacional de Escutas, do Vale de Acór e outros que O tinham carregado até ao santuário.

«Este santuário é uma apelo continuo a acolher o Senhor», referiu D. Gilberto, lembrando que é preciso que o Cristo Rei saia daquele local e que chegue a todos os locais na vida de cada cristão, que O leva consigo. «É preciso que cada comunidade cristã seja uma família e construa uma imagem de Cristo Rei não de pedra mas pela força do Pão Eucarístico», referiu.

A grande jornada terminou com todos a entoar «Cristo vive, Cristo Reina, Cristo impera». «Que impere, pois, e viva Cristo Rei»! exclamou o prelado.

Partilhe nas redes sociais!
02 de Dezembro de 2013