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Banco Alimentar Contra a Fome de Setúbal

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Decorreu, no passado fim-de-semana, 31 de maio e 1 de junho, mais uma campanha do Banco Alimentar contra a Fome. Em Setúbal, pelas diferentes superfícies comerciais espalhadas ao longo de toda a diocese, muitos foram os voluntários que ajudaram a uma recolha de alimentos de cerca de 188,6 toneladas, menos 43,8 do que em igual período do ano anterior. Falámos com Rui Rodrigues, voluntário responsável pela recolha no Almada Forum, que nos contou como foram vividos estes dois dias.

Um decréscimo de cerca de quarenta e quatro toneladas em relação ao ano anterior nos alimentos doados, este fim-de-semana, ao Banco Alimentar Contra a Fome de Setúbal, não faz diminuir o ânimo daqueles que dão do seu tempo nestas recolhas nacionais. Rui Rodrigues foi o responsável que coordenou os voluntários numa superfície comercial do Almada Fórum e garante-nos: «Apesar de ter sido uma campanha mais fraca, considero sempre um sucesso».

Rui admite que, quem habitualmente dá alimentos, pode já estar a ficar cansado dos muitos peditórios alimentares que vão ocorrendo noutras alturas do ano, mas que isso não é fonte de desmotivação. «Apanhamos de tudo um pouco – desabafa – mal dispostos, de bem com vida, os que mesmo não concordando contribuem, os que entregam carrinhos cheios, os que dizem para pedir ao Cavaco e à Jonet. Felizmente já começamos a ficar vacinados com isso. O mais importante é concretizar a campanha e lembrarmo-nos que estes alimentos vão chegar as famílias que mais precisam».

Dificuldades, também nos voluntários

Por outro lado, Rui Rodrigues sentiu também algumas dificuldades na gestão dos voluntários disponíveis para a recolha. «Tal como no donativo de alimentos, também os voluntários começam a escassear. Pela primeira vez, encontrei-me com dificuldades para conseguir arranjar voluntários suficientes para a concretização da campanha. Mas com a graça de Deus, vieram alguns para salvar os turnos. Talvez a boa vontade das pessoas esta a começar a chegar ao limite», afirma.

Em comunicado enviado ao Notícias de Setúbal, o Banco Alimentar de Setúbal diz que as 188,6 toneladas de alimentos recolhidas irão beneficiar cerca de vinte e cinco mil pessoas, através de cento e quarenta instituições de solidariedade social. Rui Rodrigues acredita que devido à quebra considerável, vão existir algumas dificuldades «para alimentar todas as instituições que fazem, todos os dias, pedidos ao Banco Alimentar Contra a Fome», mas que nada haverá de faltar porque «por mais crise que haja no país, mais solidário o nosso povo fica».

 

Anabela Sousa

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09 de Junho de 2014