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Teologia do Corpo

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O secretariado diocesano da catequese da Diocese de Setúbal promoveu, neste regresso de férias, a II Jornada de Formação para Catequistas. Uma formação que teve como base a Teologia do Corpo intitulada Introdução à Teologia do Corpo – A Sexualidade segundo S. João Paulo II. Uma atividade que realizou-se no dia 21 de Setembro, no Seminário de Almada e contou com a presença de 130 formandos.

A formação organizada em quatro sessões percorreu o itinerário proposto por Mary Healy no seu livro “Os homens a as Mulheres são do Éden”, refletindo sobre a Humanidade Original, a Humanidade Caída, a Humanidade Redimida e a Humanidade Glorificada.

Cristina e Pedro Silva, casal da paróquia do Seixal, colocaram o nosso coração diante daquele princípio de que nos fala São João Paulo II nas suas primeiras catequeses. Possuir consciência do que significa aquele “Façamos o Homem à nossa imagem e semelhança” é necessário e absolutamente indispensável para que o Homem se conheça a si mesmo e possa conhecer o outro na sua verdadeira dimensão pessoal. Fomos feitos à imagem do Amor Divino e somos semelhança dessa santa comunhão. Este é o ponto de partida. Este é o plano original de Deus para nós. Reconhecer a nossa criação é reconhecer a dimensão do dom e da dádiva que está inscrito desde o princípio no nosso coração. “O ser humano surge no mundo visível como a expressão mais bela e elevada do dom porque contém em si mesmo a dimensão interior do dom”

Nuno Gonçalves, catequista de adultos da paróquia de Azeitão, proporcionou uma belíssima reflexão sobre o pecado original e sobre as suas graves consequências na dimensão do dom. É preciso que o Homem (homem e mulher) assumam que o pecado existe e exerce um peso na alma. O pecado original fala-nos de uma realidade vivida e experimentada, não apenas por Adão e Eva, mas por cada homem e mulher. O pecado afasta-nos de Deus e afastados de Deus perdemos a noção da nossa missão: ser imagem e semelhança de Deus. E quando perdemos a nossa missão, perdemos a nossa identidade.

Mais esclarecidos sobre a Humanidade Original e sobre as consequências da queda, a parte da tarde prosseguiu com a reflexão sobre a Humanidade Redimida – este tempo histórico em que vivemos nós. A Humanidade Caída foi redimida por Cristo. Só Jesus poderia por Seu infinito Amor restaurar em nós o projeto original de Deus. Só Jesus nos reconduz à Verdade original. Uma forte referência foi feita, pela Sofia e Pedro Azadinho, casal da paróquia de S. Sebastião, Setúbal, à necessidade de viver a redenção através de uma total abertura à ação do Espírito Santo. Só o Espírito Santo pode operar no homem e na mulher a graça e revelar a Verdade. Por isso, a importância de se refletir também sobre a sacramentalidade do matrimónio e do celibato consagrado. Jesus redime a humanidade instituindo como sacramento as duas vocações humanas: matrimónio e celibato. Significa, isto, que ambas as vocações são chamadas por Deus a ser sinal visível de algo divino e invisível.

A Humanidade Glorificada, sessão conduzida pelo Pe. Fernando Paiva, aprofundou este “algo divino e invisível”. A nossa verdade terrena aponta para a verdade do Céu, onde estaremos perfeitamente unidos a Deus. Ambas as vocações encontram nesta dimensão escatológica o seu verdadeiro significado, a sua origem e o seu fim.

Muito ficou por dizer neste primeiro módulo de formação. Fica o desejo e a vontade, por parte de todos – participantes e organizadores – de voltar a aprofundar este tema em futuros encontros.

Estamos certos de que o secretariado da catequese da diocese de Setúbal irá promover mais ciclos de formação sobre a Teologia do Corpo.

 

Sofia Azadinho

 

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29 de Setembro de 2014