O Agrupamento 504 do Corpo Nacional de Escutas (CNE) sediado na Quinta do Anjo, inaugurou no passado dia 2 de Novembro a sua nova sede. Esta era uma obra desejada há mais de três décadas que agora é realidade, devido à ajuda de muitos dos paroquianos.
Quem passa no local da nova sede não repara que nasceu de raiz no complexo paroquial de Quinta do Anjo. As novas instalações respeitaram o traço do edifício da Igreja dando uma imagem de unidade. «Quem passa nem nota a diferença», referiu o pároco de Quinta do Anjo, Pe Carlos Silva, acrescentando que «a sede está bonita, cuidada e arranjada ao pormenor».
«O escutismo continua a atrair pois é um movimento que vem da riqueza do Evangelho», referiu às centenas de pessoas que se quiseram juntar à inauguração. De acordo com o sacerdote este «complexo paroquial fica mais rico e mais sólido». «O 504 está mais apto a sair de si mesmo e a apostar nas periferias, principalmente as emergentes, como a família», salientou, sublinhando que «somente com a família e a partir da família é possível educar verdadeiramente os escuteiros mais novos que formam parte integrante desta construção».
A obra demorou cerca de três anos a ser erguida e que contou com a ajuda essencial dos pais dos escuteiros e de muitas entidades individuais e empresariais. «Obrigado aos pais pela colaboração nesta construção, que a cada passo, atraso e problema deram o seu contributo», disse. «Aprendemos com Cristo que o tempo ajuda na maturação», referiu, sublinhando que este novo espaço, com novas potencialidades, serve para toda a paróquia e todos saem a ganhar.
Quem benzeu o novo espaço, em representação do bispo de Setúbal, D. Gilberto dos Reis, foi o Vigário-geral, Pe José Lobato, que na palavra parabéns resumiu aquele ato. «Estamos todos de parabéns: o agrupamento, o escutismo, a paróquia. Parabéns também para as autarquias, pois numa freguesia e num concelho que exista um agrupamento existem instituições que desenvolvem pessoas que ajudam à felicidade da comunidade, e dar os parabéns à comunidade», disse.
Neste ano em que se comemoram os 40 anos da diocese o sacerdote lembrou a todos os escuteiros que sejam «protagonistas, sejam agentes da fé e da evangelização». «A sede foi feita para desempenharem a vossa missão», referiu, acrescentando que «isto não é uma sede, sé (cadeira) para se estarem sentados mas um local de partida e de chegada».
A crescer
Luís Cavaco, chefe do agrupamento 504, emocionado com o acontecimento, e dirigindo-se para os escuteiros disse: «Esta sede é para vós rapazes». «Façam do escutismo um pilar estruturante da vossa vida deixando o mundo melhor do que encontraram», disse.
O Chefe Regional do CNE, João Costa, vê agora o realizar de um sonho. «Um agrupamento em rigor não se faz na sede mas no campo mas faz falta para guardar os materiais», referiu, acrescentando que em 36 anos sem sede «mostra bem a força do agrupamento». «Olhem para sede como algo da união deste agrupamento e com a capacidade de sonhar», disse aos membros do agrupamento.
As autoridades civis também se fizeram representar com o presidente de Câmara Municipal de Palmela, Álvaro Amaro, e o presidente da Junta de Quinta do Anjo, que realçaram a importância do movimento juvenil composto por 147 elementos na localidade.
Bruno Máximo Leite