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Senhor dos Passos pelas ruas

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Como é tradição em Azeitão, no passado dia 1 de Novembro, teve lugar na Capela da Santa Casa da Misericórdia de Azeitão a Missa Solene, seguida da procissão com a imagem do Senhor dos Passos.

Se no ano anterior se realizou à noite, este ano por ser sábado voltou a decorrer durante a tarde.

Esta é uma procissão que se realiza como agradecimento da população desta Paróquia pelo facto de ter sido poupada à catástrofe do terramoto de 1755.

A pequena capela da Misericórdia de Azeitão mais uma vez foi pequena para acolher todos os devotos, mas muitos foram os que permaneceram na rua junto dos outros para se manterem a uma temperatura mais amena. Lá dentro o Pe Luís Ferreira, pároco de Azeitão, presidia à Eucaristia da solenidade de Todos os Santos. Concelebrou Frei António Teixeira, que ia fazer o sermão, junto ao Cruzeiro da localidade.

O Pe Luís Ferreira na homília referiu «que estar no Senhor é viver as bem-aventuranças», e não no ambiente que a sociedade está a criar, como exemplo com os festejos do Halloween. O dia de todos os Santos é para lembrar todos aqueles que batizados fizeram o seu caminho de santidade. O sacerdote lembrou todos aqueles que são velados pela última vez naquele local, que é utilizado na paróquia para a realização de velórios.

Retomando o percurso antigo, com uma volta maior pelas ruas da localidade, as pessoas cumpriram o pedido do pároco e foram exemplo de fé diante de todos aqueles que ficaram apenas a ver passar a romaria.

No largo do Cruzeiro as pessoas puderam ouvir as palavras de Frei António Teixeira. Mais um ano o sacerdote referiu que já «deve estar a ser muito rotineiro» e para o ano as pessoas precisam de ouvir outro pregador. «Por essa razão este ano trouxe o livro do Papa Francisco – Alegria do Evangelho, para vos deixar um desafio», disse, acrescentando que é preciso levar o Evangelho de forma alegre e por isso as palavras do Santo Padre são melhores. Lendo algumas passagens da publicação lembrou que o Papa fala da Nova Evangelização não sendo nova mas a de sempre. «Temos que refrescar a nossa fé de uma forma mais dinâmica», disse. «Temos que ser pessoas de fé nunca desanimando nem perdendo a esperança», referiu.

No final a imagem voltou à capela da Misericórdia no mesmo ambiente de oração que tinha envolvido toda aquela tarde.

 

Bruno Máximo Leite

 

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10 de Novembro de 2014