comprehensive-camels

Externato Frei Luís de Sousa

frei luis sousa

Com um novo ano letivo a iniciar, o Notícias de Setúbal esteve à conversa com o diretor do Externato Frei Luís de Sousa, em Almada, o professor José António Costa. Uma Escola com quase sessenta anos, que ensina «desde o berço até à universidade», e procura, todos os dias, que a sua «comunidade» (alunos, trabalhadores e familiares) seja feliz à maneira de Jesus.

Uma instituição com quase sessenta anos, setenta e cinco trabalhadores e mais de quinhentos alunos, desde a Creche até ao final do Ensino Secundário. É assim, nos dias de hoje, o Externato da diocese de Setúbal que se localiza em Almada. Diz o direto de há vinte e cinco anos, que aquela Escola se distingue das outras pelos seus princípios e espírito de missão.

 «Esta é uma Escola católica, mas não é uma escola de conversão, porque tem um espírito aberto e aceita todos os credos e convicções, procurando transpor os elementos da relação cristã, para os seus alunos e para a sua comunidade», refere o professor José António.

É neste âmbito que o Externato disponibiliza, a todas as famílias que assim o desejem, a catequese. Este é um espaço que não é obrigatório, mas no qual se incluem muitas crianças, e que celebram os sacramentos. Atualmente, e desde há três anos, o capelão do Externato é o Padre Daniel Miguel, pároco de Miratejo/Laranjeiro, que, considera o diretor «tem feito uma parelha adequada com a equipa pedagógica, e um trabalho muito interessante com as famílias».

Para além disso, na estrutura curricular existe também a disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica que, essa sim, é obrigatória para a todos, ainda que de outras convicções religiosas. «Os atos litúrgicos são sempre integrados no Plano Anual de Atividades, e tudo isto são oportunidades para despertar na comunidade, não só nas crianças, mas nas famílias e nos trabalhadores, o espírito de Cristo», destaca.

 Alunos felizes numa gestão de sucesso

Com uma formação e resultados de excelência, as crianças podem começar a frequentar a Creche aos 3/4 meses de idade e prosseguir ali os seus estudos até à entrada no Ensino Superior. «Temos desenvolvido, creio eu, um bom trabalho – afirma – Só no ano passado tivemos cinco jovens a entrar em Medicina. É claro que têm resultados fantásticos, mas o que nós aqui procuramos é que, sobretudo, sejam felizes. Se forem felizes, o resto é tudo mais fácil».

 

Perante as dificuldades económicas que os últimos anos têm trazido à sociedade portuguesa, esta Direção tem procurado, com uma gestão eficaz, ultrapassar estas dificuldades. «Nós continuamos a ter capacidade para receber as crianças e as famílias, mas as dificuldades financeiras refletem-se. A procura não diminuiu, as entradas é que diminuíram. Temos, por isso, procurado com toda a sabedoria, superar estas dificuldades».

 

Apesar de ser «normal» olhar para o futuro com preocupação, o gestor e diretor da Escola, afirma: «Procuro cuidar do futuro para que dele não venha a ter receio, e disso faz parte uma gestão pedagógica, financeira e administrativa criteriosa, e de sucesso».

 

A necessidade da requalificação dos espaços

 

A um ano de completar sessenta anos de existência, o que acontecerá a 08 de outubro de 2016, o Externato Frei Luís de Sousa já cumpriu parte dos objetivos a que se propôs quando celebrou cinquenta anos: a criação de um auditório/anfiteatro multimédia,devidamente apetrechado, com 200 lugares sentados e, mais tarde, em 2011, a criação da creche.

 

«Para já não se pretende crescer mais, não é preciso – diz José António Costa – No entanto, é fundamental a requalificação física da escola, para que os alunos se sintam mais confortáveis, aprendam mais, e se sintam mais felizes. Também pensamos na qualificação das pessoas e por isso temos ações de formação continuada».

 

Dedicação, tradição e esforço

 

No Frei Luís de Sousa vive-se, desde sempre, um ambiente de familiaridade e uma relação muito estreita entre todos. Há filhos cujos pais frequentaram aquela escola, ha filhos de pais que foram alunos do atual Diretor que ali dá aulas desde 1979, e há também um pequeno leque de professores que foram alunos daquela escola.

«Quero que o envolvimento das famílias continue a existir – diz António Costa – Quero que seja uma escola aberta, de diferentes convicções, mas que quem ande cá, aproveite da melhor forma. Quero, enquanto diretor da escola, conduzir a Escola neste espírito e nestes valores. A Capelania, os professores e os pais são essenciais. E isto faz, naturalmente uma família».

 «Dedicação, tradição e esforço» foi o lema adotado para o cinquentenário do Frei Luís de Sousa. «É nesse espírito que desejamos viver e vencer o próximo ano letivo – destaca o Diretor – as Espírito todos os anos renovado, sempre que recebo as famílias. Sendo escola católica, é também humanista e, por isso, aberta a todas as convicções e credos, potenciando sempre nos nossos alunos uma atitude positiva perante a vida e com coração aberto ao mundo. Se isto acontecer, sou profundamente feliz. É a minha luta todos os dias há 25 anos».

 

Anabela Sousa

Partilhe nas redes sociais!
05 de Outubro de 2015