A paróquia de Santiago de Almada recebeu no passado dia 27 de Setembro o seu novo pároco, Pe
Marco Luís. Após 16 anos ao serviço da comunidade de Almada, o Pe Fernando Belo passou o
testemunho.
Com 75 anos de idade, o Pe Fernando Belo pediu a possibilidade de renunciar a um trabalho paroquial e, depois de 51 de sacerdócio, vai dedicar-se a outro trabalho pastoral, depois de um tempo de descanso. «Não vou sair daqui, vou estar sempre em oração convosco», disse, lembrando que faz parte da família de Almada e por isso não quis despedidas. «Há uma hora em que, pelo amor a Deus, se deve dar lugar aos mais novos», referiu, acrescentando que sempre rezou por isso. «Agradeço a Deus por durante estes anos ter tido saúde para manter o trabalho pastoral», disse, agradecendo a confiança depositada pelo Bispo D. Gilberto dos Reis nestes anos.
Dedicação plena
A cerimónia juntou em Almada muitos amigos, familiares e irmãos de sacerdócio do Pe Marco Luís. Ele, que entrou na Missa com uma imagem de São José, agradeceu ao Administrador Apostólico, D. Gilberto dos Reis, a sua confiança para o lugar do qual tomava posse. Depois de ter renovado as suas promessas sacerdotais e ter feito a profissão de fé, o sacerdote recebeu por parte do prelado a chave do sacrário, onde, como manda o Ritual, foi orar durante uns segundos,
seguindo-se a veneração da Fonte Batismal.
O novo prior de S. Tiago de Almada consagrou o seu serviço pastoral naquela paróquia a São José e ao Arcanjo São Miguel. Saudou calorosamente todos os paroquianos, comprometendo-se em dedicar-se em pleno como tem feito nas outras missões que lhe foram antes confiadas.
O sacerdote, que veio da paróquia do Seixal, lembrou o Centro Social Paroquial. «Quero conhecer pelo nome os 72 funcionários e em forma especial todos os idosos», disse.
«É preciso acolher»
Para o prelado, que também está quase de saída, aquele dia foi um «momento de alegria do povo de Deus, pois durante 16 anos teve na paróquia um padre apreciado, do qual se despede, e recebe outro que vem para trabalhar com afinco.
«Que o Pe Marco tenha a grandeza do Papa Francisco em acolher», disse, pedindo que seja um pastor que acolhe e que construa uma comunidade que faça o mesmo gesto. «É preciso que em cada Eucaristia de Domingo todos saiam com consciência de que é preciso acolher», referiu, alertando para o mau acolhimento que existe em muitas paróquias. «A igreja tem que ir acolher lá fora», sublinhou.
Após a assinatura da ata da tomada de posse, e dos cumprimentos protocolares, no fim da Missa, seguiu-se um jantar volante, que juntou os presentes em alegre convívio.
Bruno Máximo Leite