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Paróquia é o primeiro lugar de missão

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A par do Ano da Misericórdia, as Jornadas Mundiais da Juventude que se irão realizar em julho do próximo ano, em Cracóvia (Polónia – o país natal do seu fundador, São João Paulo II) são uma marca incontornável dos acontecimentos grandiosos que a Igreja viverá nos próximos tempos. É nesta ocasião que o Notícias de Setúbal começará a trazer, até si, todas as semanas, um pouco da realidade juvenil que existe na nossa Diocese de Setúbal.

«Estar perto dos que estão longe, sem estar longe dos que estão perto». Este é o lema que guia os Jovens Sem Fronteiras (JSF) desde o seu nascimento, em 1983, na Foz do Arelho, pela mão do Padre Firmino Cachada, sacerdote da congregação dos Missionários do Espírito Santo. Hoje são o ramo jovem da Família Espiritana e estruturam-se, a nível nacional, em quatro regiões distintas: Minho, Douro, Centro e Sul. Existem, ainda, representações em França e Cabo Verde.

No passado fim-de-semana fomos ao encontro de Rita Cardoso Lopes. Tem 25 anos, é membro dos Jovens Sem Fronteiras do Barreiro desde os 15 anos, e é a atual vice-presidente da região Sul do movimento, onde se integra a Diocese de Setúbal. É aqui que existem, atualmente, três grupos: Barreiro (que já conta com mais de 30 anos de existência) Palmela e Fernão Ferro. No entanto, perspetivam-se, em breve, a formação de dois novos grupos.

 

A oração ocupa o lugar principal

 

A grande característica dos Jovens Sem Fronteiras é a atividade missionária e o primeiro local de missão de um jovem deste movimento é sempre a sua comunidade paroquial. «Nós fazemos parte de um movimento missionário, é certo – indica Rita – mas somos um grupo de inserção paroquial e o nosso cariz missionário leva-nos a que, na nossa paróquia, o que existir para fazer, e nós pudermos fazer, fazemos». É por isso que existem Jovens Sem Fronteiras que são catequistas, acólitos, leitores, e existem até casais que ajudam nos Centros de Preparação para o Matrimónio.

Habitualmente, os encontros paroquiais dos Jovens Sem Fronteiras são semanais e, aí, a oração ocupa o lugar principal. «Normalmente, as nossas reuniões incluem avisos da paróquia, da diocese ou do movimento, um tema específico, a preparação de um encontro ou catequese, mas o fundamental é a oração porque suporta a nossa ação. Sejamos 3 ou 33, se não existir oração, não é um grupo JSF. Claro que as dinâmicas de oração são diversas entre os grupos, mas isso também é uma riqueza para o movimento», refere a responsável.

 

A exigência do ‘Projeto Ponte»

 

Se a participação nas Semanas Missionárias acaba por ser, naturalmente, o culminar de um ano de caminhada de um Jovem Sem Fronteiras, já com o «Projeto Ponte» isso não acontece. «Este é um processo um pouco mais exigente – refere – É necessário um discernimento pessoal e em grupo. Tem requisitos um pouco mais exigentes porque exige uma caminhada diferente, identificada com o carisma do movimento».

No entanto, Rita sublinha: «Um Jovem Sem Fronteiras pode nunca fazer um ‘Projeto Ponte’, mas nunca vai ser menos JSF do que outro qualquer. É mais uma resposta que vai de encontro ao que nos move: estar onde mais ninguém quer estar, e fazer o que mais ninguém quer fazer».

 

Levar Deus a todos

 

Na Diocese de Setúbal, o movimento tem vindo a crescer, mas ainda assim Rita manifesta alguns receios e evidencia desafios. O facto de existirem jovens de uma faixa etária mais baixa que podem não se identificar com os moldes das atividades desenvolvidas, e a necessidade de formação litúrgica adequada aos jovens, são alguns deles.

É por isso que os Jovens Sem Fronteiras continuam a estar presentes, a responder ‘Sim’ sempre que são solicitados, e a tentar levar cada vez mais jovens às Igrejas. «Sim, é preciso jovens nas paróquias, na Igreja. Os jovens procuram Deus, mas muitas vezes não O conhecem, não conhecem o Deus de Amor, mas é este Deus que nós queremos levar a todos», conclui a jovem.

 

Anabela Sousa

 

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30 de Novembro de 2015