comprehensive-camels

Ciclo de Cinema de Almada

cartaz ciclocinema2015

9 a 13 de Dezembro, no Fórum Romeu Correia, sempre às 21h15, com um comentário inicial ao filme que se verá de seguida.

Eis-nos na véspera da VI edição do Revelar-Te — Ciclo de Cinema de Almada.

Mais do que desejar: concretizar.

Resistir: mais do que começar.

Desenvolver a identidade:

discernir o elemento cristão na cultura, sem dispersão no que é adjectivo.

Obviamente católicos, sim, na amplitude do olhar!

Olhar dentro da cidade.

Olhar a cidade.

Discernir a presença que salva a cidade.

Este ano, querido da misericórdia pelo Papa Francisco, dando particular atenção à vida como martírio. Como testemunho. Dádiva de vida para que tenhas vida!

Revelar todo o amor dado à cidade, às cidades, através dos dias, dos tempos, dos regimes e dos combates. E dos fracassos. E da beleza. Sempre fragilmente conseguida.

Respondendo com esperança.

Certos de que o que faz o mártir não é o castigo mas o motivo (Stº Agostinho).

Certos de que há tanta miséria.

Mas mais misericórdia. Ainda e sempre.

E que há um limite traçado à miséria e ao mal que devastam as muralhas da cidade. Muralhas que — se já não defendem a justiça e o indefeso — não derrotam o inexpugnável abismo da Misericórdia santa. Ela mesma.

 

O itinerário deste ano cumpre-se com esta sequência:

 

9 de Dezembro

Quarta-feira

Um Homem para a Eternidade de Fred Zinnemann.

Filme biografia de Thomas Moore, chanceler de Inglaterra ao tempo de Henrique VIII.

Vencedor de sete Óscares (1966), clássico do cinema, faz parte da listagem de 43 filmes recomendados pelo Vaticano, aquando dos festejos dos 100 anos do cinema.

Apresentado por Pe Pedro Quintela que comentará o programa do Ciclo deste ano

 

10 de Dezembro

Quinta-feira

Os Olhos da Ásia de João Mário Grilo, 1996

Drama histórico que trata com particular densidade e isenção o conflito incontornável dos missionários do Japão no século XVI, bem como dos cristãos entretanto convertidos.

Filme enigmaticamente ausente dos circuitos cinéfilos. Talvez a grande revisitação desta VI edição do Revelar-Te

Apresentado por Pe António Júlio Trigueiros, SJ, historiador

 

11 de Dezembro

Sexta-feira

Tangerina

1992, guerra na Abcásia, no Cáucaso. Luta pela “independência” com a Geórgia. Quase todos os habitantes deixaram a aldeia, com exceção de dois homens. Margus que permanece pois tem uma plantação de tangerinas e Ivo que foi forçado a ficar. Porém, protagonizam os lados opostos e em conflito nesta guerra. Terão que lidar sem destruição pessoal com a guerra que deflagrou entre os povos a que pertencem.

Apresentado por Profª Livia Franco, Professora da Universidade Católica, Instituto de Estudos Políticos, Especialista em Assuntos Internacionais

 

12 de Dezembro

Sábado

18h30

Apresentação do Livro “O Mistério dos Santos Inocentes” (1912) de Charles Pèguy

Ainda como eco do centenário da morte de Pèguy (Setembro de 1914) desse que foi o último cavaleiro medieval entranhadamente moderno, sagaz no discernimento do acontecimento cristão e dos dramas da “alma carnal”!

Intervenções de António Araújo, Manuel Maria Barreiros, Henrique Mota e P Pedro Quintela

Textos ditos por Adélia Nogueira Ramos e Sara Ideias

 

21h30 Timbuktu

Julho de 2012, em uma pequena cidade no norte de Mali, não longe de Tombuuctou, controlada por extremistas islâmicos. Uma família tem sua rotina alterada quando um pescador mata uma de suas vacas. Ao tirar satisfação sobre o ocorrido, Kidane (Ibrahim Ahmed) acaba matando o tal pescador. Tal situação coloca-o na mira dos jiadistas, já que cometera um crime imperdoável. Trata-se, por conseguinte, do enfrentar do tema do terrorismo, desta vez visto na perspetiva dos vizinhos dos extremistas, eles mesmos também vitimas da sua hostilidade e violência.

Filme injustamente secundarizado no Festival de Cannes, depois nomeado para os Óscares, foi finalmente premiado com 7 “Césares” da TV francesa em Fevereiro passado

Apresentação por D. José Ornelas de Carvalho, Bispo de Setúbal

 

13 de Dezembro

Domingo

Andrei Rublev

O génio de Tarkovsky (1932-86) a filmar o génio de Rublev (1370? — 1430). Ambos ‘Andrés’, ambos nomes obrigatórios e incontornáveis na história das belas artes nascidas nas estepes russas.

Um clássico do cinema. Realizado em 1966, apresentado em Cannes fora de concurso em 1969 (tais foram as dificuldades políticas entretanto surgidas). Também incluído na listagem do Vaticano com os 43 filmes “obrigatórios” na história do cinema.

Diz-se que era o filme preferido por Sophia de Mello Breyner!

Apresentado por Jorge Almeida, Professor de Filosofia e Terapeuta

 

Contactos:

Site: revelar-te.com

Email: info@revelar-te.com

 

Partilhe nas redes sociais!
07 de Dezembro de 2015