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Evangelizar a Juventude

CF 1000

O movimento dos Convívios Fraternos nasceu em Portugal, em 1968, pela mão do Padre António Valente de Matos, na altura capelão militar em Castelo Branco. À Diocese de Setúbal chega dez anos depois, através do entusiamo do Padre Manuel Vieira, pároco de Nossa Senhora da Anunciada, em Setúbal. Os atuais responsáveis do movimento na diocese, o casal José e Lina Santos, contam como este movimento juvenil tem tido verdadeiro impacto na evangelização da juventude sadina.

Em maio de 1968 o Padre António Valente de Matos, na altura capelão militar em Castelo Branco, procurando ir ao encontro das necessidades e anseios espirituais dos jovens que cumpriam o serviço militar organizou o primeiro Convívio Fraterno.

 

«Neste convívio e nos dois seguintes participaram apenas rapazes», explicam José e Lina Santos, no entanto, o quarto Convívio Fraterno, realizado na diocese de Lamego já foi misto. A partir daí o movimento cresceu e foi aceite em todas as dioceses de Portugal.

 

Atualmente, também já se estendeu a Paris, Luxemburgo, Suíça, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Guiné Bissau. Foram ainda feitas experiencias na cidade da Gabela, diocese de Sumbe, em Angola e no Nordeste brasileiro em Chapadinha, diocese do Fojo.

 

O nascimento dos Convívios Fraternos em Setúbal

 

A Setúbal, os Convívios Fraternos chegaram em 1978. «Numa festa de batizado do filho de um dos seus paroquianos, o Padre Manuel Vieira tomou conhecimento de duas convivas da diocese de Aveiro – contam – e logo ficou entusiasmado com os objetivos e frutos que o movimento alcançava».

 

Depois de entrar em contacto com o fundador, Padre Valente de Matos, para se poder realizar a experiencia dum Convívio Fraterno (CF) também na Diocese de Setúbal, ficou logo ali combinado que o Padre Manuel Vieira levaria um grupo de jovens da sua paróquia a participar no CF 61, primeiro da Diocese de Évora, que se iria realizar daí a uns dias na cidade de Vendas Novas.

 

«A adesão dos jovens foi de tal modo entusiasta – destacam José e Lina – que logo se marcou a data para o primeiro Convívio Fraterno de Setúbal, e que se concretizou nos dias 23 a 27 de julho de 1978». Desde aí, o movimento tem presença em quase todas as paróquias da diocese de Setúbal, e tem promovido a realização de dois a três Convívios Fraternos para jovens todos os anos.

 

Para além disso, José e Lina salientam a realização de oito Convívios Fraternos, na diocese, para casais: «o movimento procurou também dar respostas às inquietações levantadas nas famílias pelos testemunhos dos jovens convivas», dizem.

 

Jovens evangelizam jovens

 

Os Convívios Fraternos são um movimento de evangelização. Aos casais e jovens com mais de dezassete anos, que pelo testemunho entusiasta de outros convivas se questionam na sua procura de um sentido para as suas vidas, é feito o convite para fazerem a experiencia de um CF com a duração de 3 dias, orientado por uma equipa coordenadora e por um diretor espiritual.

 

Assim, cada Convívio Fraterno pretende «levar os participantes, mediante um encontro consigo próprios, com Deus e com os outros, a fazer uma opção pessoal e responsável por Jesus Cristo», afirmam.

 

Procuram ainda despertar e fortalecer o compromisso batismal, levando-os a centrar a sua vida espiritual na Palavra e na Eucaristia; a favorecer a descoberta do Amor de Deus; e consequentemente, à descoberta d aprofunda vocação cristã, motivando para a vivência e participação na comunidade cristã, concretamente na paróquia de cada um.

 

As atividades convivas na diocese

 

Atualmente, e depois de o movimento ter visto os seus estatutos serem aprovados pela Conferência Episcopal Portuguesa, em 1 de março de 2010, os Convívios Fraternos têm um conselho nacional e um secretariado permanente. Nas dioceses existe um secretariado diocesano.

Para além de promoverem e orientarem a realização de Convívios Fraternos na diocese, garantem a preparação dos membros das equipas chamados a orientar cada convívio, e colaboraram em atividades formativas, culturais e apostólicas a nível paroquial e diocesano. Realizam ainda convívios de animação com vista à perseverança na fé dos jovens e casais que participaram num CF.

 

Na Diocese de Setúbal estão programados, de acordo com José e Lina, um Convívio Fraterno para Jovens a realizar nos dias 5 a 8 de fevereiro, e um Convívio Fraternos para Casais, a realizar nos dias 22 a 25 de abril. Está também previsto os Jubileu dos Convívios Fraternos para o dia 10 de aneiro de 2016, no Santuário de Cristo Rei. Um momento que pretende marcar festivamente, dentro do movimento, o Ano da Misericórdia.

 

Uma opção pessoal e responsável por Jesus Cristo

 

Perante as dificuldades que tanto se falam no seio da Juventude, os Convívios Fraternos procuram, dizem os responsáveis de Setúbal «que todos os jovens que participam num CF façam uma opção pessoal e responsável por Jesus Cristo e se comprometam na vida da sua paróquia».

Dizem ainda que a Pastoral Juvenil deve «ajudar as paróquias a organizarem-se para acolherem e integrarem os jovens que se aproximam delas para se integrarem e colaborarem segundo os dons de cada um, acompanhando-os na sua formação».

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14 de Dezembro de 2015