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Firmes na fé e na amizade com Jesus

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Na Paróquia de Miratejo-Laranjeiro encontramos, esta semana, o grupo de jovens Águas Vivas. Aquino Sena de Pina é um dos responsáveis do grupo, desde a sua fundação em 2004. Com o lema «Comunhão Fraterna», é um grupo da Paróquia, para a paróquia, com um vínculo muito grande à vida comunitária.

O grupo de jovens ‘Águas Vivas’ nasceu da vontade e da necessidade que uma jovem da Paróquia de Miratejo/Laranjeiro que, em 2004, sentiu necessidade de ver os jovens crescerem firmes na fé, na amizade com Jesus, e uns com os outros. «Principalmente depois do sacramento do Crisma – conta Aquino Sena – os jovens não tinham um grupo onde pudessem pôr em prática e desenvolver tudo o que aprenderam nos anos de catequese».

É assim que, em conversa com o pároco da altura, decidem avançar e a primeira reunião acontece a 09 de outubro de 2004, com dois animadores responsáveis: Tatiana Pinto e Aquino Sena. Só mais tarde surge o nome ‘Águas Vivas’.

«Este grupo – refere o animador – nunca foi um grupo muito numeroso. Já teve trinta e cinco elementos, já teve seis, e atualmente contamos com doze elementos». Destaca ainda o responsável que, apesar disso, sempre teve elementos muito dedicados e com um sentido enorme de comunidade e de grupo.

 

Enraizamento na comunidade paroquial

 

De facto, um dos lemas do grupo que traduz este forte enraizamento na comunidade paroquial é ‘comunhão fraterna’. «Somos um grupo que nasceu na paróquia e para a paróquia. É por isso que todas as nossas atividades estão ligadas e direcionadas para a comunidade paroquial. Participamos em todas as atividades da paróquia e colaboramos com todos os grupos da paróquia e de algumas paróquias vizinhas», refere.

Com um ritmo de encontros semanal, atualmente reúnem ao Domingo pelas 17h00. Iniciando sempre com oração, têm um tema que é preparado pelos próprios elementos do grupo. Depois, ensaiam para a Eucaristia que animam às 19h00, e rezam vésperas antes da missa.

De acordo com Aquino, este é um grupo que tem dados os seus frutos, quer na comunidade paroquial, na vigararia ou na diocese, mas as perspetivas de futuro são uma incógnita. «Hoje existem alguns jovens, mas de futuro, poderão não estar. De qualquer forma, como um bom grupo cristão, temos a esperança de que o amanhã será sempre melhor, na graça de Deus», afirma o animador.

 

A emigração como dificuldade

 

Numa altura em que se diz que a juventude anda afastada da Igreja, Aquino Sena diz que também ali sentem estas dificuldades, mas que há outros motivos para a diminuição crescente de jovens na Paróquia: «Nos últimos anos deparamo-nos, aqui, com outra dificuldade, que é a emigração, mas para combater ‘a debandada dos jovens’ da Igreja, penso que ainda há um longo trabalho a fazer».

É para tentar responder a estas dificuldades que tentam sempre trazer novos elementos ao grupo, mantendo contacto com os que saem, e acompanhando os que ainda estão na preparação para o Crisma.

 

Fraternidade depois de onze anos

 

Quando chegou ao Miratejo, Aquino foi desafiado a formar um grupo de jovens com Tatiana Pinto. «Era uma difícil tarefa – recorda – mas foi assim que, numa das salas do Centro Paroquial, tivemos a primeira reunião. Ninguém conhecia ninguém, mas rapidamente aqueles oito elementos da primeira reunião se tornaram como irmãos. Ainda hoje, passados onze anos, se nota essa fraternidade no seio do grupo».

E acrescenta: «Aqui vivemos como uma verdadeira família. Tenho elementos que me chamam ‘pai Aquino’ e isso mostra, um pouco, a forma também como o trato cada um. Já dirigi alguns grupos de jovens e de escuteiros, mas sinto um carinho especial por este grupo. Sinto-me mais perto deles, eles procuram-me para falar dos seus problemas, pedem conselhos, opiniões e outras coisas. Deus chamou-me para uma missão, espero levá-la ate ao fim, com o meu testemunho de vida, de Fé, de amor e de fraternidade».

Sublinha ainda Aquino que, se no seu horizonte não tivesse tido sempre um grupo de jovens, a sua vida «teria sido diferente em muitos aspetos» e, por isso, desafia os jovens que não têm pertença a um grupo, que o procurem.

 

Anabela Sousa

 

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01 de Fevereiro de 2016