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Santuário de Cristo Rei

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A estátua do Cristo-Rei, em Almada, vai estar “iluminada” de vermelho este sábado e domingo, numa iniciativa inédita da Fundação AIS e do Santuário Cristo-Rei, com o propósito simbólico de alertar as populações das duas margens do Rio Tejo para o drama da perseguição religiosa no mundo e assinalar o encerramento do Ano Santo da Misericórdia.

Procurando alertar as pessoas para a situação terrível em que se encontram milhares de homens, mulheres e crianças em tantos países do mundo, vítimas da violência mais atroz, apenas por desejarem professar livremente a sua religião, a Fundação AIS procura, com este gesto, iluminando a estátua de vermelho, a cor do sangue e dos mártires, destacar também a importância do Relatório sobre a Liberdade Religiosa no Mundo, apresentado em Lisboa na passada quinta-feira.

Nesse relatório, produzido a nível internacional pela Fundação AIS, e em que se analisa o período correspondente a Junho de 2014 a Junho de 2016, constata-se que nunca o fundamentalismo religioso foi tão letal como agora. Morte, destruição, deslocamento de pessoas numa escala sem precedentes, e instabilidade regional são algumas das consequências do advento, nos últimos anos, de um “novo fenómeno de violência com motivação religiosa”, que pode ser denominado de “híper-extremismo islamita”.

Iluminar a estátua do Cristo-Rei, que abraça a cidade de Lisboa, é um gesto simbólico em que se procura, também, além da questão da perseguição religiosa, assinalar o encerramento do Ano Santo da Misericórdia, proclamado pelo Papa Francisco e que mobilizou particularmente a Fundação AIS em todo o mundo.

 De facto, o Santo Padre lançou um desafio a todos os Cristãos em todo o mundo para, em conjunto com a Fundação AIS, fazerem “obras de misericórdia” que permaneçam, que sejam sinais visíveis do amor e da “carícia de Deus”.

Uma dessas obras de misericórdia passou pelo apoio à compra de medicamentos para a Clínica de São José, em Erbil, que auxilia os mais fragilizados da comunidade cristã forçada a fugir da barbárie jihadista em Agosto de 2014.

Solenidade de Cristo Rei

No próximo domingo, dia 20 de Novembro, assinalar-se-á, também no Santuário do Cristo-Rei, o encerramento do Ano Santo da Misericórdia numa celebração eucarística que será presidida por D. José Ornelas e que, por feliz coincidência, será concelebrada pelo Arcebispo de Erbil, D. Bashar Warda que se encontra em Portugal a convite da Fundação AIS precisamente para a apresentação do Relatório sobre a Liberdade religiosa no Mundo e para dar testemunho também aos portugueses da situação dramática em que vivem os cristãos na sua diocese e em todo o Iraque.

 

“É preciso que os Cristãos fiquem no Médio Oriente. A solução para a região não é tanto política nem económica: passa pela paz de Cristo e isso só se consegue com a presença dos Cristãos”, disse o Arcebispo Bashar Warda na apresentação do Relatório da AIS, destacando, na ocasião, a importância de campanhas como a da Clínica de São José, na solidariedade manifestada pelos portugueses para com os cristãos iraquianos.

“São 10 mil famílias que ainda esperam que a sua vida possa regressar ao normal e o vosso apoio é muito importante”, sublinhou o prelado, lançando como que um apelo aos portugueses: “Peço-vos que rezem para que os Cristãos fiquem no Médio Oriente e sejam um sinal de paz para toda a região. Peço-vos ajuda para a reconstrução das suas casas, das suas vidas.”

Esta iniciativa – “iluminar” de vermelho a estátua do Cristo-Rei – ocorre praticamente um ano depois de uma grande jornada de oração pela paz promovida pela Fundação AIS e que encheu também o Santuário com cerca de três centenas de fiéis.

A 23 de Novembro do ano passado, recorde-se, o Santuário do Cristo-Rei, em Almada, foi pequeno para acolher todos os que aceitaram o desafio de rezar pela paz no mundo e pelo sucesso da viagem que o Papa Francisco fez então a África, nomeadamente à República Centro-Africana.

Para o Padre Sezinando Luís, reitor do Santuário, essa jornada de oração foi “muito importante”, pois permitiu “tornar mais visível” o trabalho da Ajuda à Igreja que Sofre em Portugal na promoção “da paz no mundo” e na ajuda que desenvolve “nos países em conflito para que os cristãos que aí vivam continuem com a vela da fé acesa” Um ano depois, é a própria estátua do Cristo-Rei que se “acende” de vermelho para lembrar a Portugal inteiro que a perseguição religiosa é um drama imenso e uma tragédia que afecta milhões de pessoas em todo o mundo.

Departamento de comunicação AIS

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19 de Novembro de 2016