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Exposição encerrou comemorações do Centenário

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Durante todo o mês de Dezembro a Biblioteca Municipal de Setúbal acolheu a exposição “Nazareth. Pinturas de L. Sadino no Centenário da Morte de Charles de Foucauld”, organizada pela Fraternidade dos Irmãos de Jesus e pela Comissão Diocesana de Arte Sacra de Setúbal, com o apoio da Câmara Municipal de Setúbal, da Pastelaria Abrantes e do Hotel do Sado.

Mais de 2000 pessoas puderam contemplar cerca de 30 obras que eloquentemente apresentaram, num percurso cronológico, Charles de Foucauld, um homem que abandonou a vida de riqueza e excessos que tinha em França, para se tornar um monge do deserto, mas sem clausura. Pautando por uma vida simples, no silêncio e nas coisas pequenas do quotidiano, amava e falava de Deus, numa doação imensa aos outros, doação até à morte, em 1916, no norte de África, no meio do povo que amava.

Não fundou nenhuma congregação, nenhuma fraternidade, mas os seus escritos foram de tal forma marcantes e a sua espiritualidade tão profunda que muitos foram os que se deixaram inspirar. Foi, em 1933, que surgiram as primeiras Fraternidades Religiosas: em primeiro lugar, as Irmãzinhas do Sagrado Coração, em França, e, logo de seguida, os Pequenos Irmãos de Jesus (ou, somente, Irmãos de Jesus), em El Abiodh, no Saara argelino. Em 1939 foi fundada, também na Argélia, a Fraternidade das Irmãzinhas de Jesus. e, depois disso, várias outras Fraternidades (de padres, de religiosos ou de leigos) inspiradas na espiritualidade de Carlos de Jesus foram surgindo entretanto.

No âmbito do encerramento da exposição, que decorreu 4 de janeiro de 2017, a organização propôs a visualização do filme “Des hommes et des Dieux” (Dos homens e dos deuses), de 2010, do realizador francês Xavier Beauvois, premiado no Festival de Cinema de Cannes. Não se tratou de uma longa metragem sobre Carlos de Foucauld, como se poderia pensar. Este filme retrata a vida de um mosteiro situado nas montanhas argelinas, na década de noventa. Os frades católicos vivem em harmonia com os seus irmãos muçulmanos e a colaboração e respeito eram mútuos. Tal como acontecera com o Padre Foucauld. Agentes exteriores e extremistas causam violência e terror. Seis monges acabam por ser mortos… Um convite à reflexão sobre a vida, a vocação, a doação, o amor e o Amor.

Não teria havido forma melhor de terminar este ciclo de comemorações do Centenário da entrada no Céu do Beato Charles de Foucauld, ele que afirmava “Logo que acreditei que existia Deus, apercebi-me de que já não podia viver de outra maneira senão para Ele.”

Ainda disponível para visualização está o filme diocesano sobre Padre Foucauld e os Irmãos de Jesus. Não deixe de aprofundar esta espiritualidade em: https://vimeo.com/191336976.

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09 de Janeiro de 2017