No passado sábado, dia 22 de abril, D. José Ornelas presidiu, em Setúbal, à Eucaristia de dedicação da Igreja de São José e sagração do altar daquele templo, trinta e três anos depois da sua inauguração. Esta foi a primeira vez que o atual Bispo de Setúbal presidiu a uma celebração com este rito.
A 15 de julho de 1984 D. Manuel Martins primeiro Bispo de Setúbal, inaugurou a Igreja de São José. No passado sábado, foi. D. José Ornelas, o atual Pastor diocesano que a dedicou. Na ocasião, o pároco, Padre Carlos Russo, disse que aquele era um dos momentos mais altos da vida da Paróquia.
Momento alto da comunidade paroquial
«Este é o momento em que esta comunidade paroquial se reúne à volta do seu Pastor, num dos momentos mais altos desta Paróquia desde a inauguração da Igreja Paroquial de São José, construída pelo saudoso Padre Camilo das Neves Martins, que tive a alegria de conhecer e partilhar da sua amizade. Foi um trabalhador incansável, nesta enorme zona pastoral da cidade, que hoje se encontra dividida em três paróquias», disse o prior.
Uma vez que já ali se celebravam os santos mistérios, a cerimónia de dedicação da Igreja não contemplou a entrada solene com o templo ainda vazio, como é comum no rito da dedicação da Igreja. No entanto, todos os outros ritos característicos de uma dedicação foram cumpridos: a aspersão, a proclamação da Palavra, a ladainha, a oração da dedicação, a unção do novo altar e das quatro cruzes colocadas nas paredes do templo, bem como a incensação e iluminação de todo o espaço da Igreja.
Da comunidade para o mundo
Na homilia, D. José Ornelas, sublinhou que uma comunidade ungida pelo Espírito, que se reúne com os irmãos para celebrar a presença do Deus vivo, «há-de ir por esse mundo fora anunciar Jesus Ressuscitado».
«Nós não vivemos sozinhos. Deus está e torna-se presente. Não posso dizer que sou cristão se não vou à missa porque a Eucaristia não é uma devoção semanal. É fonte de vida. O pão que Jesus partiu com os seus discípulos é a Eucaristia que hoje celebramos, e é o centro da vida da Igreja. Não é só um gesto piedoso que fazemos. É Jesus que faz para cada um de nós», afirmou.
E acrescentou: «A nossa família cristã encontra-se na comunidade, à volta do altar do nosso Pai do Céu. Por isso, o cristão é alguém que partilha o pão por esse mundo fora. Há tanta gente com falta do pão da educação, da companhia, da ajuda, da compreensão e de emprego. O cristão é aquele que aprende da comunidade e vai para o mundo».
Anabela Sousa
Fotografias disponíveis no Facebook da Diocese de Setúbal, clicando aqui.