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Santuários de dois corações

Conferência Seminário_Pe Sezinando

O Seminário de Almada promoveu, no passado Domingo, dia 30 de abril, mais uma conferência do ciclo sobre a Mensagem de Fátima. Desta vez, dedicada ao tema “Fátima e Cristo Rei”, Santuários de Paz” e proferida pelo Padre Sezinando Alberto, reitor do Santuário Nacional de Cristo Rei.

O Padre Fernando Paiva, vice-reitor do Seminário de Almada, fez as honras da casa e cumprimentou o auditório presente, composto por uma boa representatividade das vigararias da diocese, e pelos seminaristas.

Depois de uma detalhada cronologia sobre factos históricos, o Padre Sezinando Alberto disse que Nossa Senhora, e o seu Sagrado Coração, estão interligados com O de Seu muito amado Filho, e sendo Nossa Senhora de vital importância para todos os crentes, faz sentido a existência de um Santuário ao Seu Sagrado Coração, sendo este o elo de ligação entre os dois. São Santuários dos dois corações: O Sagrado Coração de Maria e o Sagrado Coração de Jesus.

É assim que, apesar do grande estado de pobreza inicia-se um movimento de recolha de fundos para a construção do Santuário do Cristo-Rei. A 17 de Maio de 1959 (Dia de Pentecostes) perante a imagem de Nossa Senhora de Fátima, com a participação de todo o Episcopado Português, os Cardeais do Rio de Janeiro e de Lourenço Marques (Maputo), autoridades civis e de 300 mil pessoas, inaugurou-se o Monumento.

Sua Santidade, o Papa João XXIII fez-se presente por Radiomensagem. Na ocasião, o Cardeal Cerejeira fez uma consideração eloquente: “Este será sempre um sinal de Gratidão Nacional pelo dom da Paz”.

O Senhor Padre Sezinando aludiu ainda sobre Margarida Maria de Alacoque, vidente do Sagrado Coração de Jesus, e sobre as Relíquias desta Santa que o Santuário dispõe numa das Capelas do Santuário. Na sexta-feira depois da oitava da festa do Corpo de Deus, a Igreja celebra a festa do Sagrado Coração de Jesus.

Os factos históricos

Entre os factos históricos, o Padre Sezinando sublinhou, como por exemplo, o ano de1834, data da expulsão das Ordens religiosas do nosso País e as motivações inerentes a tal realidade. Passou também pela Instauração da República, em 1910, que é apresentado ao povo na altura, como que se de um “novo messias” se tratasse.

Focou a realidade portuguesa, mas interligando com dados concretos com o que vai acontecendo pelo mundo, e muito concretamente com a Rússia que inicia um período de conflitos em 1917, em que é derrubada a autocracia russa e leva ao poder o Partido Bolchevique, período em que ocorre a Primeira Grande Guerra

A 13 de Maio de 1917 quando Nossa Senhora aparece aos pastorinhos como “Uma Senhora vestida de branco” vem claramente pedir a quem é puro e que possa ter a coragem que estes tiveram em manter firme nas suas palavras o que Lhe ouviram dizer e foi Pedido que fizessem: “Conversão Penitência e Oração”!

O mundo precisava de agir e foi através destas crianças, Jacinta, a mais nova, seu irmão, Francisco Marto, e a prima destes, a mais velhinha dos três, a Lúcia dos Santos que tinha nessa altura dez anos. Nossa Senhora pede que não contem a ninguém o que havia acontecido, mas que é tão forte no impacto, que a Jacinta não consegue guardar segredo e conta o que havia visto.

Lúcia tinha dez anos e não sabia ler nem escrever quando viu, pela primeira vez, Nossa Senhora na Cova da Iria, juntamente com os primos Jacinta e Francisco Marto. Lúcia foi a única dos três primos que falava com a Virgem Maria, a sua prima Jacinta ouvia mas não falava e Francisco, inicialmente apenas ouvia as palavras de Nossa Senhora, e, como tal, foi a portadora do Segredo de Fátima.

Nos primeiros tempos, a hierarquia católica revelou-se cética sobre as afirmações dos Três Pastorinhos e foi só a 13 de outubro de 1930 que o bispo de Leiria tornou público, oficialmente, que as aparições eram dignas de crédito. A partir daí, o Santuário de Fátima ganhou uma expressão internacional.

Luísa Maria Carvalho

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04 de Maio de 2017