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Conferência de D. José Ornelas: “Família e Vocações”

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No passado dia 25 de junho encerrou-se o ciclo de conferências do Seminário de Almada / Obra do Bom Pastor, com a presença de D. José Ornelas, bispo de Setúbal, que apresentou algumas reflexões sobre o tema “Família e Vocações”.

A figura de Abraão foi o ponto de partida para a reflexão: “Abraão, parte da tua terra e vai!” (Gn 12, 1). Uma vocação implica sempre o desprendimento, mas não o esquecimento, da terra e da família.

As exigências da vocação não devem ser entendidas negativamente, mas como alargamento de horizontes e possibilidades. Com efeito, explicou o prelado, a vocação é sempre vocação à liberdade: Deus chama cada um a tomar parte da verdadeira liberdade, tornando-se libertador dos irmãos. Assim, é paradigmática a vocação de Moisés a libertar o povo oprimido no Egito.

Para o bispo de Setúbal, a família tem a missão fundamental de acolher e cuidar a vida. É este carinho, experimentado na família, que aqueles a quem o Senhor chama devem levar ao mundo, especialmente aos que dele estão carentes. A vivência do amor familiar é, assim, ponto de partida para discernir, acolher e cumprir a missão que Deus tem para cada um.

A Igreja é família de famílias, explicou D. José Ornelas. A família não pode ser fechada em si mesma, mas atenta às outras que a rodeiam. A vocação não implica uma negação da vida familiar; pelo contrário, alarga os horizontes da família na construção do projeto de Deus na Igreja.

Neste sentido, “quem não serve para ser pai, não serve para ser padre”. O Bispo diocesano alertou ainda que a oração pelas vocações, que é essencial, deve ser complementada por ações concretas de desafio aos jovens, e pela presença das famílias no discernimento vocacional.

A conferência terminou com o habitual lanche, seguido da Exposição do Santíssimo Sacramento, na capela do Seminário, e canto solene das Vésperas.

José Cachaço, Seminarista

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26 de Junho de 2017