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Apostolado do Mar: “Cuidar dos homens e mulheres do mar é cuidar do futuro e da qualidade de vida da humanidade”

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A Diocese de Setúbal acolheu, no último fim de semana, 28 e 29 de abril, o Encontro Nacional do Apostolado do Mar que culminou com a celebração da Eucaristia, presidida pelo Bispo diocesano, D. José Ornelas, e concelebrada por D. António Vitalino, vogal da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana.

Na homilia, o Bispo de Setúbal alertou para a fragilidade e finitude do mar: “Não podemos apenas dominá-lo e usá-lo com os seus recursos preciosos. É preciso apreciar e cuidar do mar, se quisermos que ele continue a ser uma fonte de riqueza, de futuro, de paz”.

A exploração descontrolada dos recursos vivos do mar, a poluição, o facto de ser, por vezes, palco de guerras destruidoras e que reflete o resultado dramático da injustiça que se vive em terra são algumas “realidades que hoje o mar nos apresenta, requerendo a atitude sábia e concertada da parte da humanidade”.

D. José Ornelas alertou ainda para o cuidado com a segurança daqueles que encontram no mar o seu sustento: “Este mar precisa do nosso cuidado e vigilância para que se possa viajar e trabalhar em segurança. Buscando a sabedoria, a humanização e a inteligência ao serviço dos novos meios tecnológicos, temos que fazer todos os esforços para que o mar seja sinal de vida e não de morte”.

“As tempestades de hoje são desafiadoras – disse ainda D. José Ornelas – não apenas pela força imprevisível do mar, mas pelas ondas agitadas da falta de entendimento entre os homens. Cuidar dos homens e mulheres do mar é cuidar do futuro e da qualidade de vida da humanidade”.

“Tratar, com justiça e coração, o mar que pode unir este planeta”

Para além dos grupos do Apostolado do Mar de Setúbal (presentes nas paróquias de Anunciada e São Sebastião) este encontro congregou, na cidade à beira Sado, cerca de 370 pescadores e suas famílias, provenientes de outras zonas costeiras, como por exemplo, Viana do Castelo, Caxinas, Nazaré, Peniche, Sesimbra e Fuseta.

D. António Vitalino, vogal da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, manifestou a sua gratidão pelo serviço prestado pelo atual diretor nacional do Apostolado do Mar, Armando Oliveira, proveniente de Setúbal, e alertou que este é um apostolado muito necessário.

“Vivemos num mundo global onde ultrapassamos os limites do país, mas estamos interligados com o mundo, não só pelos novos meios, mas também através dos pescadores e do mar. Há muitas famílias que, nas zonas costeiras do nosso país, vivem do mar. Unidos a Jesus, e uns aos outros, este é um Apostolado para nos ajudar a viver esta vida”, referiu D. António Vitalino.

Já o Bispo de Setúbal, D. José Ornelas, pediu: “Que, no mar e em terra, saibamos tratar com justiça e coração, o mar que pode unir este planeta, para criarmos, para todos, condições de vida, de humanidade e de esperança, escutando a voz do Senhor que conduz a barca da vida de cada um de nós, das nossas famílias, da Igreja e da história”.

Na Eucaristia concelebraram, ainda, o Assistente Nacional do Apostolado do Mar, Padre Miguel Alves; o pároco de São Sebastião (onde se encerrou este Encontro Nacional), Padre Casimiro Henriques; e o Padre Vasco Gonçalves, de Viana do Castelo.

De entre as entidades civis presentes, salientam-se o Capitão do Porto de Setúbal, Luís Nicholson Lavrador; o Presidente da Junta de Freguesia de São Sebastião, Nuno Costa; e a Arquiteta Eugénia da Silveira e Silva, vereadora da Câmara Municipal de Setúbal. 

Anabela Sousa

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30 de Abril de 2018