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Setúbal participou no Congresso Internacional de Catequese

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Realizou-se, em Roma, entre os dias 20 e 23 de Setembro, o II Congresso Internacional de Catequese. Tratou-se de uma iniciativa do Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização. Neste evento esteve presente uma delegação de Portugal, acompanhada pelo bispo emérito de Santarém, D. Manuel Pelino e o bispo auxiliar de Lisboa, D. Nuno Brás, da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé.

De salientar a presença dos secretariados de todas as dioceses do país, concretamente a de Setúbal, reunidos no Vaticano. Estiveram presentes 1500 catequistas oriundos de 48 países.

Devido à sua ausência motivada por uma visita aos países bálticos, o Papa Francisco enviou uma vídeo-mensagem a todos os presentes, pedindo que o centro da acção do catequista fosse o seu reconhecimento enquanto anunciador da fé num mundo cada vez mais secularizado.

“O catequista não pode esquecer, especialmente hoje num contexto de indiferença religiosa, que a sua palavra é sempre um primeiro anúncio. Pensai bem, neste mundo, nesta área de muita indiferença, a vossa palavra será sempre um primeiro anúncio, que toca o coração e a mente de muitas pessoas que estão à espera de se encontrar com Cristo”.

O Pontífice desafiou ainda os catequistas a cuidar do essencial cada vez que estão com os seus catequizandos, pois isso é a maior marca do Amor de Jesus, que lhes podem deixar.

“Quão útil seria para a Igreja se as nossas catequeses estivessem baseadas no deixar experimentar a presença de Cristo que age e opera na nossa salvação, permitindo-nos experimentar a partir de agora a beleza da vida de comunhão com o mistério de Deus Pai, Filho e Espírito Santo!”.

Com os seus princípios, na linha da exortação apostólica “Alegria do Evangelho”, e no seguimento do que já tinha abordado no último congresso em 2013, o Papa voltou a sublinhar a importância da identidade do catequista.

“Catequista é uma vocação: ser catequista, é vocação, não trabalhar como catequista. Lembrai-vos bem, eu não disse para fazer catequese mas ser catequista, porque convoca a vida. Leva ao encontro com Jesus com a palavra e com a vida, com o testemunho”.

Sublinhou ainda a extrema importância da catequese, desde sempre, mas mais concretamente nos dias de hoje.

“É necessário que o catequista entenda, então, o grande desafio que está perante si acerca da forma de educar a fé, em primeiro lugar, daqueles que têm uma identidade cristã fraca e, portanto, necessidade de proximidade, carinho, paciência, de amizade. Só assim a catequese se torna a promoção da vida cristã, o apoio na formação global dos fiéis e o incentivo para ser discípulos missionários”.

No domingo XXV do tempo comum, o ponto alto do Congresso foi a celebração da Eucaristia, na Basílica de S. Pedro, presidida pelo monsenhor Rino Fisichella.

Em todo no Congresso e no que o envolveu tratou-se de um encontro de fé, cultura e convívio que deixaram bem visível a universalidade da Igreja; o quanto os irmãos devem partilhar experiências em comunhão com um Deus único que a todos reúne à volta da mesma mesa.

José Raposo, seminarista

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17 de Outubro de 2018