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Tributo ao Escultor António Júlio: o seu contributo na Igreja de Miratejo

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Durante o período de construção da Igreja da Sagrada Família de Miratejo, surge um pedido de auxílio dirigido ao Escultor António Júlio, que ao rejeitar a opção de apoio monetário sugerida, oferece os seus préstimos laborais; opção esta imediatamente aceite por conta da comissão de construção da Igreja.

Ainda que sujeito a um fraco orçamento, foi-lhe oferecida plena liberdade na escolha de materiais para ornamentar a mesma; no entanto, é notória a diferença entre o projecto inicial e o que temos hoje ao nosso dispor. Ainda assim, António Júlio quis e conseguiu demarcar pormenores nos quais faz notar que a sua inspiração foi baseada no seu íntimo relacionamento com o Criador. Esta obra tem estado adormecida, mesmo estando à disposição de todos, pois parece que a humildade com que foi feita assim a manteve à espera de um olhar mais atento.

A morte de António Júlio desencadeou um olhar diferente pelo seu legado, que ao ser catalogado, logo se exprimiu com uma força impeditiva do seu silêncio. Por iniciativa de Elsa Pinheiro, depressa se pensou em organizar uma exposição com o seu espólio e um livro com a sua obra. O apoio das autarquias locais, da Paróquia de Miratejo e da Comissão Diocesana de Arte Sacra, potenciou o devido tributo ao Escultor.

Deste modo, a 13 de Setembro é inaugurada uma exposição «Formas e Volumes», produzida e organizada pela Galeria Municipal de Arte da Câmara Municipal de Almada sob a curadoria de Filipa Oliveira. A exposição ficou patente até 20 de Outubro.

A 3 de Novembro seguiu-se o lançamento do livro «António Júlio» no Auditório da Casa da Cerca, em Almada. Na apresentação do livro estiveram presentes como oradores o escultor João Duarte e o Padre Casimiro Henriques, Diretor da Comissão de Arte Sacra da Diocese de Setúbal.

A 21 de Novembro houve nova apresentação do livro, agora na FNAC – Almada Fórum – também com a presença o escultor João Duarte, do Padre Casimiro Henriques e do Padre Daniel Moreira Miguel, em representação da Paróquia de Miratejo.

Por fim, no Sábado 24 de Novembro, na Igreja da Sagrada Família, morada da mais importante obra de António Júlio, foi exposta, sob curadoria do Padre Casimiro Henriques, toda a obra da Igreja e os seus paralelismos com a vida e obra do escultor. A apresentação contemplou a explicação pormenorizada dos trabalhos originais na própria Igreja e, uma exposição, preparada para o efeito, mostrando os estudos dos primeiros projectos e as suas sucessivas alterações até à obra final.

Esta apresentação, acolhida pelo Padre Daniel Moreira Miguel, contou ainda com a presença do Presidente da Junta de Freguesia de Laranjeiro e Feijó – Luís Palma – e do Presidente da Junta de Freguesia de Corroios – Eduardo Rosa.

A exposição ficará patente até 9 de Dezembro. Nesse Domingo, às 19h será celebrada Missa em sufrágio do Escultor.

Maria do Rosário Catita

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04 de Dezembro de 2018