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Jornadas Mundiais da Juventude: Bruno Leite tem «memórias inesquecíveis» de uma Igreja «viva»

Bruno Leite, da Diocese de Setúbal, disse a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) é “uma experiência riquíssima para os jovens e para toda a Igreja”, falando a partir da experiência que viveu em três encontros.

“Tenho memórias inesquecíveis de uma Igreja viva e de uma Igreja juvenil”, afirmou em declarações à Agência ECCLESIA, a respeito da sua participação nas JMJ em Colónia (Alemanha, 2005), no Rio de Janeiro (Brasil, 2013) e Cracóvia (Polónia, 2016).

Bruno Leite exemplifica que, como num festival os participantes vão ver “um cabeça de cartaz” com quem se identificam, numa Jornada Mundial da Juventude os jovens católicos sabem que vão ver o Papa Francisco, mas depois a realidade “apresenta pequenos movimentos, sensibilidade” que se conhecem naquele local.

Neste contexto, revela que ficou “muito sensibilizado” em Colónia, na sua primeira JMJ em 2005, quando viu um grupo de jovens e pessoas “a rezar numa roda”, algo que considerou “curioso” e descobriu que eram de um movimento da Igreja Católica, o Caminho Neocatecumenal.

“Em todas as jornadas há essa dinâmica, tem de partir de nós. É uma experiência riquíssima para os jovens, e não só, para toda a Igreja. Quantas pessoas mais velhas não conhecem algumas realidades juvenis e uma jornada também é importante para isso, aprender e partilhar alguns dinamismos que ajudem no dia-a-dia das comunidades”, desenvolveu.

A caminhada cristã de Bruno Leite começou numa paróquia do Barreiro, num grupo dos Jovens Sem Fronteiras (JSF) ligados aos Missionários Espiritanos, e as diferentes jornadas e diferentes experiências têm sido importantes porque “ao longo da vida” viu que “tinha de ser testemunho e caminho com Cristo e para Cristo e com os outros, num trabalho de missão e num trabalho diário”.

“Estas três Jornadas Mundiais da Juventude que vivi têm-me permitido partilhar com os outros. Acima de tudo, é uma partilha e também um acompanhamento de todos aqueles que, às vezes, andam meios perdidos e queremos deixar esta mensagem”, explicou o colaborador da pastoral juvenil dos Salesianos, uma congregação religiosa “de cariz juvenil”.

Segundo Bruno Leite, a JMJ não é apenas para aqueles dias específicos do evento como é exemplo o grupo JSF que nasceu em Godim, na Régua, Diocese de Vila Real, depois da edição alemã, em 2005.

O jovem da Diocese de Setúbal tem 35 anos, nasceu em 1983, e apenas passados dois anos o Papa São João Paulo II anunciou o encontro mundial de jovens, após uma iniciativa realizada no contexto do Ano Internacional da Juventude de 1985.

“É muito interessante a minha geração estarmos ativamente a participar nestas atividades que começaram com São João Paulo II, permanecem até hoje, e têm sido eventos de grande sensibilidade”, observou.

Bruno Leite, das memórias das suas três JMJ, recorda ainda que o grupo português no Rio de Janeiro (2013) deixou uma imagem de Nossa Senhora de Fátima no Santuário de Cristo Redentor, “marca portuguesa num local emblemático a nível mundial”, onde celebraram uma Eucaristia.

A 34.ª edição da Jornada Mundial da Juventude começa hoje, no Panamá, com a Missa inaugural, a partir das 17h00 locais (mais cinco horas em Lisboa), um dia antes da chegada do Papa Francisco ao país da América Central.

Agência Ecclesia

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23 de Janeiro de 2019