A Igreja sempre se entendeu como produtora de cultura, sua influenciadora e dinamizadora. Nas últimas décadas, porém, parece ter criado um certo medo do contacto com o mundo cultural, parecendo apartada do diálogo, com artistas, arquitectos, ourives, etc. O facilitismo da produção em massa levou a que a linha de montagem funcione como autêntica barreira entre a Igreja e a produção artística e cultural.
Consciente desta realidade, a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) tem, através do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura (SNPC), dinamizado encontros para debate e reflexão das realidades culturais do nosso país.
A nossa Diocese, não possuindo este serviço específico na sua estrutura da Cúria Diocesana, tem estado mais ou menos ausente desta reflexão. Porém o nosso Bispo, D. José Ornelas, decidiu que a Diocese devia estar representada, atribuindo essa competência à Comissão Diocesana de Arte Sacra (CDASS).
Por essa razão, foi a CDASS a estar presente no 12º encontro de Referentes da Pastoral da Cultura, decorrido em Fátima no passado dia 26 de Janeiro.
O encontro presidido pelo Bispo de Angra, D. João Lavrador, presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, foi dirigido pelo director do SNPC, Dr. José Carlos Seabra Pereira.
O escritor Henrique Raposo conduziu os presentes por uma brilhante reflexão sobre as realidades socioculturais emergentes no Portugal de hoje.
Fica como conclusão a expressão basilar dita pelo director deste serviço, é urgente «evangelizar a cultura na dinâmica social, para evangelizar a sociedade pela dinâmica cultural».
Padre Casimiro Henriques, diretor da Comissão Diocesana de Arte Sacra