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Frei Agostinho da Cruz: Lançamento de antologia poética marca início das comemorações do IV Centenário da morte do poeta da Arrábida

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No passado dia 16 de março iniciaram-se, solenemente, as comemorações do IV Centenário da morte de Frei Agostinho da Cruz e dos 480 anos do seu nascimento, que se prolongarão até maio de 2020.

O programa iniciou-se com a celebração da Eucaristia, presidida pelo Bispo de Setúbal, D. José Ornelas, na Paróquia da Anunciada. Na homilia, o Bispo de Setúbal, comentando o Evangelho do dia, a Transfiguração do Senhor, disse que Frei Agostinho da Cruz também “subiu ao monte” para escutar a voz de Deus.

“Frei Agostinho foi um homem da montanha – disse D. José Ornelas – Um eremita que subiu à Arrábida para sair de si próprio e escutar a voz Deus, em busca da verdadeira felicidade: a descoberta de Deus pela beleza das coisas e o sentido da vida. Não é a montanha que o fascina, mas Deus que o conduziu à montanha”.

À noite teve lugar o lançamento de uma antologia organizada pelo Comissário das Comemorações, Ruy Ventura, no auditório da Cúria Diocesana, espaço onde se situava a antiga enfermaria dos frades arrábidos, e onde veio a falecer Frei Agostinho da Cruz.

Na ocasião, o Bispo diocesano evocou o legado humano e espiritual que deixou o poeta, frade arrábido. “Estas comemorações encontram justificação na riqueza da herança humana e espiritual que nos deixou Frei Agostinho”, disse.

Por um lado, D. José Ornelas referiu que a poesia de Frei Agostinho, sendo própria da espiritualidade franciscana da Arrábida, leva ao despojamento de si próprio, em busca de Deus.

Por outro lado, a poesia do frade arrábido, destacando a serra que é, ainda hoje, um polo de identidade da Península de Setúbal, chama a atenção para a relação humana com a Terra e o planeta. “Temos de cuidar dela, preservá-la e entregá-la às próximas gerações”, afirmou.

Ruy Ventura, o Comissário das Comemorações do IV Centenário da morte de Frei Agostinho da Cruz e dos 480 anos do seu nascimento disse, ao terminar a sessão de apresentação e lançamento desta antologia poética, que “Frei Agostinho da Cruz não é um poeta religioso, da Arrábida, de Sintra ou Ponte da Barca. É um poeta universal”.

E deixou um apelo: “Ler Frei Agostinho da Cruz é, não só cultura, mas culto. Mesmo para os não crentes. Por isso, leiam e divulguem esta antologia, para celebrar o testemunho de Frei Agostinho”.

Neste início de comemorações esteve presente a Presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira, e a Presidente da Junta de Freguesia de Azeitão, Celestina Neves. A apresentação do livro esteve confiada João Reis Ribeiro, perante um auditório cheio na Cúria Diocesana de Setúbal.

No final do lançamento houve uma leitura de poemas pelo professor João Reis Ribeiro e a interpretação, por parte de um grupo de seminaristas da Diocese de Setúbal, de dois hinos escritos por Frei Agostinho da Cruz.

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20 de Março de 2019