O Santo Padroeiro da cidade de Almada, cumprindo a tradição e a devoção, saiu às ruas da cidade. Milhares de pessoas, participaram nas procissões em honra de S. João, mostrando a sua devoção e agradecimento a este Santo que anunciou Cristo.
Manda a tradição que no dia 23 de Junho, o santo desça do alto da Igreja Matriz de Almada, bem junto ao castelo, até à Quinta de São João da Ramalha, onde passa a noite na Capela de S. Antão. Regressa, depois, no dia 24 de Junho para a Igreja Matriz de Almada, onde passa o resto do ano. Atualmente pode ser visto diariamente, graças às irmãs do Institudo Hesed que, marcando presença na comunidade de Almada, garantem a abertura da Igreja de S. Tiago, Igreja Matriz de Almada.
Numa organização entre as Paróquias de S. Tiago (Almada) e Nossa Senhora da Piedade (Cova da Piedade), unindo uma cidade e formando uma única comunidade, a procissão é antecedida nos dois dias, pela celebração Eucarística.
Percorrendo as ruas da cidade, milhares de pessoas mostram a sua devoção a este santo, quer acompanhando a procissão, quer vendo-a passar, dado que por vezes a idade já não permite acompanhar, mas a devoção não deixa de existir.
São João foi o anunciador e, durante a procissão, continua a sê-lo, porque vai anunciando Cristo pelas ruas por onde passa, pelas pessoas que toca, pelos olhares em lágrimas que encontram na sua imagem o reconforto de promessas cumpridas, de orações atendidas, de conforto nas horas difíceis.
A devoção passa de geração em geração e vai-se cumprindo e vai aumentando, porque o discernimento permite chegar a outros e trazer outros, tal como São João Baptista fez antes de Cristo.
A Sociedade Filarmónica Incrível Almadense brindou-nos, este ano, com músicas exclusivamente marianas durante a procissão, honrando a história de S. João, pois Maria visitou a sua prima Isabel, durante a gravidez de S. João Baptista, “Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino saltou-lhe de alegria no seio e Isabel ficou cheia do Espírito Santo”, Lc 1, 41.
Uma última nota para a relíquia que os párocos levaram nas mãos e com que nos deram a bênção final: contém um pedaço da Cruz de madeira onde Cristo foi crucificado.
Terminada a procissão, fica o sentimento de acção de graças e coração cheio. Resta-nos dizer, São João Baptista – Rogai por nós.
Pedro Mateus, Paróquia da Cova da Piedade