comprehensive-camels

Eutanásia: despenalização volta a ser debatida no Parlamento

Nos últimos anos, a sociedade portuguesa tem discutido as questões da vida, em particular a morte medicamente assistida, contestada pela Igreja Católica, várias comunidades religiosas e movimentos cívicos que multiplicaram as ações de sensibilização.

Em maio de 2018, a Assembleia da República debateu quatro projetos de lei sobre a matéria, todos chumbados numa votação nominal dos deputados. Nesta nova legislatura, a Assembleia da República agendou para o próximo dia 20 de fevereiro o debate dos novos projetos do BE, PS, PAN, PEV e IL sobre a despenalização da eutanásia em Portugal.

Em 2016, a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) publicou a Nota Pastoral “Eutanásia: o que está em causa? Contributos para um diálogo sereno e humanizador”, na qual os bispos católicos afirmam que “a vida não é um objeto de que se possa dispor arbitrariamente, é um dom de Deus e uma missão a cumprir”, bem como o “pressuposto de todos os direitos.”

A CEP acrescenta que “o direito à vida é indisponível, como o são outros direitos humanos fundamentais, expressão do valor objetivo da dignidade da pessoa humana”.

Na mensagem para o Dia Mundial do Doente de 2020, o Papa reforça a oposição a projetos de legalização da eutanásia e sublinha dimensão sagrada de cada pessoa. Dirigindo-se aos profissionais de saúde, Francisco pede que a sua ação vise “constantemente a dignidade e a vida da pessoa, sem qualquer cedência a atos de natureza eutanásica, de suicídio assistido ou supressão da vida, nem sequer se for irreversível o estado da doença”.

Recapitulamos a Nota Pastoral do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa:

“Eutanásia: o que está em causa? Contributos para um diálogo sereno e humanizador” – Nota Pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa

Partilhe nas redes sociais!
06 de Fevereiro de 2020