comprehensive-camels

Igreja em Rede: Sábado da II Semana da Páscoa – “Pregai o Evangelho a toda a criatura” (Mc 16, 15-20)

Igreja em Rede - formato diocese

Liturgia de Sábado da II Semana da Páscoa

Comentário à liturgia de hoje pelo Padre José Maria Furtado, da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, no Montijo

“Na sua dor os homens encontraram (pregão Pascal)…

Homem de dores acostumado ao sofrimento (Isaías)…

É o Filho de Maria e de José (Mc 6, 3)…

Passou pelo mundo fazendo o bem (At 10, 38)…

Associou à sua missão os discípulos (Jo 17, 9ss)

Confiando-lhes o Espírito Santo” (At 2, 1-4), vivo e atuante na Sua Igreja.

São Marcos, o Evangelista que a Igreja hoje celebra em festa, tem o condão de nos guiar pelos seus escritos; resumidos, simples, como quem faz a síntese. Todos os pontos que acima deixamos, como indicativo, se refletem no seu Evangelho. Este é considerado o primeiro, de uma história que Deus faz connosco, que prepara para nós, ligando-nos, fazendo-nos protagonistas da ação necessária, para que se desenvolva o Seu Reino:

“Nós e o Espírito Santo… que vive e atua em nós os crentes”, dirão os discípulos da Igreja nascente, nos primeiros feitos que realizaram.

Nas leituras deste dia, concretamente no Evangelho, podemos observar:

O chamamento e envio dos apóstolos, “ligado” a toda a instrução dada por Jesus, que, depois de ressuscitado, os mandata, com toda a força, poder e ação do Espírito Santo; para exercer autoridade sobre todos os espíritos impuros, na certeza, que Jesus está com eles e os acompanha: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura… O Senhor cooperava com eles, confirmando a sua palavra com os milagres que a acompanhavam” (Mc. 16, 15. 20).

O exercício das curas, o mesmo verificado em Jesus, em toda a sua ação salvífica, no meio dos homens, manifesta um grande e incondicional amor, tido para com todos, particularmente: pobres, fracos, marginalizados, esquecidos, desprotegidos, ofendidos na sua dignidade, a quem a doença e “a morte” os atirou para os confins… uma terra e um espaço de ninguém, que ninguém quer, olha ou suporta.

Ora o Batismo que nos é conferido, e que desejamos “ao alcance de todos”, no seu querer e vontades de algo bem melhor, é também o início desta entrega, deste amor incondicional, que não espera nem aceita contrapartidas (do dou, para que me dês). No meio desta pandemia do Covid 19, que se alastrou em todo o mundo, que nos marca um futuro “algo tenebroso”, confiemos no Senhor que nos ama e nos confia a missão do seu coração.

Padre José Maria Furtado

Partilhe nas redes sociais!
25 de Abril de 2020